Menos carros, mais sustentabilidade


O uso de carros traz diversos problemas ao meio ambiente, e podem ser evitados através de práticas sustentáveis de locomoção
por Maria Luísa Pimenta

Foto: João Fanara

No dia 22 de setembro é comemorado o Dia Mundial Sem Carro. Essa data busca conscientizar as pessoas sobre o excesso de automóveis nas ruas. Apesar dos malefícios que os carros trazem ao meio ambiente, esses continuam sendo largamente utilizados, principalmente em virtude do valor alto e das condições pouco agradáveis dos transportes públicos. Porém, o uso de bicicletas e grupos de carona são medidas eficazes e sustentáveis capazes de reverter essa situação.

Os automóveis provocam a queima de combustíveis, que por sua vez liberam gases prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Entre os mais perigosos estão o metano (CH4) e o gás carbônico (CO2). Eles contribuem para a existência do aquecimento global e para a intensificação do efeito estufa. Alguns poluentes, ainda, prejudicam vegetações e contaminam água e solo. Porém, mesmo com inúmeros problemas, o carro continua sendo amplamente utilizado e um desejo de consumo do brasileiro. Rosane Gomes de Oliveira, aluna do curso de extensão da Universidade Federal Fluminense e funcionária na prefeitura de Itaboraí, escolhe o carro para se locomover. Apesar de existir transporte público entre os dois locais, a distância e o trânsito são razões que a levam a optar pelo carro particular. 

Outro problema em relação aos transportes coletivos é o preço. Jorge, que pega ônibus no ponto da Avenida Visconde do Rio Branco, afirma que a passagem cobrada é muito alta. 

“[A condição dos ônibus] é muito relativa. Boa não é. A passagem é muito cara. Ir daqui até o terminal não vale pagar o valor que você paga” – afirma o morador.

Com o alto valor cobrado e a condição pouco agradável dos ônibus, grupos de caronas têm se tornado uma alternativa. Na UFF, há diversos grupos no WhatsApp reunindo pessoas que moram em lugares próximos para dividirem carona. Essa medida, além de ajudar os alunos por ter um preço mais acessível, contribui para a diminuição do número de carros nas ruas. Dessa forma, uma menor quantidade de gases poluentes é liberada na atmosfera. 

Outra prática sustentável, que tem se tornado bastante popular no Gragoatá é a bicicleta. Esse meio de transporte não elimina nenhum gás no meio ambiente, além de trazer benefícios à saúde do ciclista. Maiara, estudante da UFF, vai à faculdade de “bike”, para evitar o tumulto dos transportes públicos e economizar o dinheiro de passagem, além de afirmar que é mais saudável e menos poluente. Entretanto, critica o estado das ciclovias do bairro.

“Tá impossível. A ciclovia é super apertada e ninguém respeita. O ônibus se joga em cima, tem gente passando. [...] Tem lugares que a ciclovia acaba do nada e você tem que se virar e ir pela rua ou pela calçada e depois volta do nada também.”

Comentários