Ruas escuras impedem a livre circulação de moradores no Gragoatá

Precariedade na iluminação tende a colaborar com o aumento no número de assaltos

Por Ana Beatriz Lopes

Fonte: Jornal O Globo 

“À noite, todos os gatos são pardos” é um ditado facilmente aplicado aos moradores do bairro Gragoatá. Queixas frequentes são realizadas sobre o elevado número de assaltos nas ruas do bairro. Embora secundarizada, uma das causas de violência e sensação de insegurança é a falta de iluminação ocasionada pela falta de manutenção nos postes. Acerca desse problema, o Alô, Gragoatá! elencou algumas das ruas de maiores queixas. 

1. Rua Passos da Pátria 

Localizada próxima a Praia do Gragoatá. Possui um bar e casas no entorno. Moradores reclamam da falta de segurança que a escuridão traz: "A partir das 22:00 horas, evito passar por aqui porque é escuro, fica perigoso. Meu filho mesmo já foi assaltado uma vez ”, afirma a dona de casa, Lucy. 

2. Avenida Visconde Rio Branco 

Rua que liga a Universidade Federal Fluminense ao centro de Niterói. É a rota de muitos alunos que pretendem ir para o Terminal de Niterói ou à CCR Barcas. Muitos reclamam do descaso do trecho, que possui muitos buracos e onde a luminosidade também é uma questão. “Eu sempre passo aqui por volta das 22:30, é um pouco deserto e ainda é escuro, então ando o mais rápido possível”, declara Téo, estudante da Faculdade Maria Tereza. 

3. Rua Professor Hernani Melo 

Rua que é caminho para o campus da faculdade de direito da UFF e ponto de ônibus. Normalmente fica vazia por muitos optarem por fazer uma rota mais segura. “Pego ônibus aqui todos os dias na volta do serviço e sempre está esse breu, é incrível o descaso da prefeitura com a iluminação desse bairro”, diz Helton, que trabalha em uma rede de telemarketing local. 

4.Rua Professor Lara Vilela 

Mais conhecida como “rua do perdeu”, a via apresenta um alto número de casos de assaltos, e sendo trilha que liga o campus da Universidade Federal Fluminense, Gragoatá, e o Instituto de Artes e Comunicação Social, acaba recebendo um forte número de jovens no dia a dia. “Já fui assaltada aqui à noite. Infelizmente, creio que o cenário da falta de iluminação contribuiu porque foi tudo muito rápido, nem as pessoas em volta perceberam o ocorrido. Aqui escureceu, acabou. O ideal é andar o mais rápido que conseguir ”, relata a Jéssica, estudante da UFF. 

Embora a má iluminação não seja suficiente para explicar o problema da violência urbana no município, ela não é um componente que possa ser descartado da lista de problemas de Niterói. 

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