Questionamos alguns estudantes para saber mais sobre isso
Por Carlos André
O Alô, Gragoatá! fez uma pequena pesquisa com alunos de 7 cursos a respeito das atléticas. Os cursos selecionados foram Geografia, Letras, História, Ciência da Computação, Pedagogia, Hotelaria e Cinema.
A maioria deles possui uma agremiação, excetuando-se Letras e Pedagogia. “Não faço parte porque não tem. Se meu curso tivesse uma atlética, eu faria” - é o que diz Danilo Paldeira, estudante do 2º período de Letras. A falta de uma organização de esportes no seu curso, retratada por Danilo, o incomoda, ainda que perceba a relevância do órgão dentro da universidade. Opinião semelhante foi expressa por Julia, estudante do 2º período de Pedagogia, embora faça a ressalva de que a organização pode atrapalhar o estudo dos alunos em alguns casos, do mesmo modo que trabalhar ou fazer cursos.
Dois terços dos alunos entrevistados admitiram que a atlética é relevante para o seu curso. Mesmo os alunos que a consideram mal aproveitada, confessaram que ela podia ser importante para ampliar a relação com a faculdade, frequentemente restrita à grade curricular. É o que diz Marcos Novaes, estudante do 7º período de Ciência da Computação. Novaes ainda conta que conheceu a atlética quando estava entrando no curso, mas que não quis integrá-la devido a burocracias como reuniões. Outros estudantes falaram que não têm contato com a atlética dos seus cursos. Eduardo Santiago, estudante do 10º período, fala que nunca viu uma convocatória para reuniões.
A maior parte das atléticas é recente, tendo sido fundadas entre 3 e 4 anos atrás. Flavia Cruz, estudante de Ciência da Computação, relata ter se envolvido com a fundação da que pertence ao seu curso, em 2017, e fez parte dela por um ano, pois gostava de ser atleta. No entanto, apesar de concordar que a atlética é pouco aproveitada, acrescenta sua relevância até nos cursos menos ativos no esporte.
Dois quintos dos alunos entrevistados disseram que a atlética é financiada através de eventos como festas e choppadas. Um quinto falou que o curso vende itens como camisas e canecas para arrecadar dinheiro. Um terço dos alunos admitiu que não sabia como o curso paga as despesas institucionais. E um único estudante da História disse que existe um sistema de contribuição coletiva por parte dos alunos para financiar a atlética.
Quanto aos alunos de História, eles foram os que manifestaram o maior descontentamento com a sua atlética. Dois deles perguntaram se podiam falar mal da organização. Um estudante, que preferiu não se identificar, falou que já fez parte dela, mas acabou saindo por discussões internas. Ele também considera que a atlética funciona como “uma panelinha” e que a conhece bem, pois esteve presente em sua criação.
De modo geral, os estudantes consideram que as formas de socialização provenientes desse tipo de organização são positivas para a convivência entre os alunos, reconhecimento existente inclusive entre estudantes que não possuem interesse em contribuir diretamente.
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