As dificuldades e os benefícios de estudar no exterior
por Lucas Kelly
por Lucas Kelly
Foto: Site oficial da Universitat Autònoma de Barcelona
Desde 1984, a Universidade Federal Fluminense envia alunos para estudar fora do país. Com a Superintendência de Relações Internacionais (SRI), a UFF valoriza a inserção internacional para o desenvolvimento acadêmico. A internacionalização tem como objetivo a cooperação com instituições e centros de pesquisa no exterior, além do intercâmbio de alunos, professores e funcionários.
Além disso, a Universidade possui acordos de cooperação acadêmica com mais de 260 instituições em 44 países. Os convênios com as universidades no exterior viabilizam a mobilidade de alunos de graduação.
Graduada em Relações Internacionais, Beatriz Albuquerque, estudou durante 6 meses na Universitat Autonòma de Barcelona. “O apoio da UFF foi excepcional. Além da bolsa que eu consegui, desde os primeiros momentos, a Universidade marcava reuniões e informava tudo bem detalhado sobre o intercâmbio. Enquanto eu estava lá, qualquer problema que tivesse, eles respondiam prontamente para ajudar”. Beatriz afirmou também, que o aluno que decide estudar fora, precisa escolher um país que deseja conhecer, “se a pessoa conseguir se organizar antes, eu diria para escolher o país com que sonha, porque você passa mais tempo imergindo em uma outra cultura do que propriamente estudando”.
A Mestranda em Estudos Estratégicos ainda explica como a experiência em outro país contribui para o desenvolvimento pessoal do estudante: "o que eu tive que me adaptar é a questão da pontualidade. Lá as pessoas são muito pontuais. Como em Barcelona é tudo movido por metrô, você não tem desculpa para chegar atrasado [...] A dificuldade é sair da zona de conforto, do convívio com sua família. E é desafiador porque se você não cozinhar, você não come, se não colocar um despertador pra tocar você se atrasa [...] é desafiador, mas te faz crescer”.
Com o programa de mobilidade internacional, Aline Aquino, formada em Serviço Social, estudou durante 6 meses na Universidade de Coimbra em Portugal. Sobre a experiência, Aline conta: “foi uma experiência incrível. Realizei uma pesquisa que contribuiu para o meu TCC e projeto de mestrado. Foi uma experiência acadêmica, cultural, profissional e pessoal[...] fui contemplada com o auxílio financeiro da UFF, que me ajudou muito na realização desse sonho do intercâmbio”. Porém, a estudante também conta alguns problemas que enfrentou durante o período no exterior. “Tive dificuldade com alguns professores que ministravam a aula em inglês e francês. Sendo que eu estava em um país que falava português de Portugal. As pessoas tinham dificuldade de entender que no Brasil nem todos tem acesso ao ensino de línguas, diferente deles da Europa que possuem um conjunto de várias línguas na formação educacional” explica.
Além disso, a aluna confessa que um dos impasses no exterior é o esteriótipo criado entorno da mulher brasileira, “Portugal é um país muito conservador, machista e racista. Nada muito diferente do Brasil. Só que no Brasil existe o racismo e são maquiados, em Portugal não são disfarçados’’.
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