PIBID: O aprendizado na prática

Projeto promove a união de docentes e universidade
Por Núbia Xarife

Foto: Núbia Xarife

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) foi criado em 2007 pelo Ministério de Educação e implementado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Inserido em instituições federais e estaduais de ensino superior, além de institutos federais de educação, ciência e tecnologia com cursos de licenciatura que apresentam avaliação satisfatória no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), o programa possui como objetivo aperfeiçoar e valorizar a formação de professores para a educação básica.

De acordo com o site do Ministério de Educação, “a intenção do programa é unir as secretárias estaduais e municipais de educação e as universidades públicas, a favor da melhoria do ensino nas escolas públicas em que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) esteja abaixo da média nacional, de 4,4”. A partir de então, é firmado um acordo entre universidade e escola, prevendo a participação de Pibidianos nas atividades escolares.

O PIBID funciona como uma corrente entre professores em formação, docentes da universidade e professores de escola pública. O aluno de graduação presencial em licenciatura que participe do programa, ganha uma bolsa de auxílio no valor de trezentos e cinquenta reais e conta com a ajuda e orientações de um coordenador de área e um supervisor. O coordenador pertence à universidade ou instituição federal e o supervisor à escola que acolhe o programa. De igual modo, recebem uma bolsa mensalmente com valor de mil e duzentos reais para docentes e, seiscentos reais para professores de escola pública.

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), o programa teve início em 2009 e hoje possui cerca de trezentos e trinta e seis bolsistas, quarenta e dois supervisores e catorze coordenadores de área. Em Niterói há PIBID de Pedagogia, Letras, Ciências onde é incluso Química e Física, e Matemática. De acordo com a atual coordenadora do PIBID da universidade, Dayala Vargens, “é um programa muito importante na formação dos professores na UFF”.

Entre diversas programações na semana acadêmica da universidade, ocorreu o VI Encontro Anual do PIBID UFF. Realizado na sexta-feira, dia 25 de outubro, sob a direção de Jéssica do Nascimento Rodrigues, o evento contou com aproximadamente oitenta pessoas e teve como finalidade compartilhar experiências vividas no dia a dia das escolas. Anualmente, todos os participantes do programa de iniciação à docência se encontram para um diálogo sobre o que já foi feito durante o ano e apresentam os materiais produzidos. Os alunos bolsistas expõem os trabalhos de forma oral, que são avaliados por uma banca.

Durante o evento esteve presente a professora de Educação Física da rede estadual do Rio de Janeiro e municipal de Magé, Renata Pacheco. Renata contou ao Alô, Gragoatá! que no decorrer de evento, “foi unanime a importância do PIBID na formação inicial e continuada dos professores envolvidos. O programa foi e é bastante efetivo”. Como também o professor de matemática da UFF Fabiano Souza, que confessou ter mudado sua forma de olhar a formação docente a partir do programa, “ter PIBID me dá a chance inicial diferenciada”, conclui.

A UFF tem disponível mais de dez cursos de licenciatura. As bolsas têm duração de dois anos, com a possibilidade de serem prorrogadas até o término de alguma atividade. O processo seletivo pode acontecer a cada seis meses dependendo do número de bolsas disponíveis.

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