Conheça a história da Fernanda, professora da UFF que, por meio da internet, procura manter a rotina de trabalho e a saúde mental.
Por Giovana Rodrigues
Foto: Facebook PPGCOM/ UFF
Início de semestre. Disciplina nova. Seleção de orientados. Tudo parecia caminhar bem para Fernanda Carrera, professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM/UFF). Até que, no início de março, ela foi surpreendida pela pandemia que causou a suspensão das atividades presenciais da universidade.
A professora é uma dentre as milhões de pessoas que tiveram as rotinas afetadas pela incidência da Covid-19 no Brasil, e conta que tudo mudou em sua vida. Além das aulas suspensas, muitos convites para palestrar em eventos também foram remarcados. "Está sendo difícil manter o foco nos estudos e no trabalho quando você entende o contexto que estamos vivendo". "O maior desafio é manter a calma vendo as notícias de tantas mortes", explica.
Apesar das dificuldades, Fernanda mostra preocupação em preservar a saúde mental. Para isso, procurou formas de se adaptar ao novo cenário, "estou tentando manter uma rotina básica de trabalhos e exercícios". Pesquisas, reuniões e alguns eventos não deixaram de acontecer. Mas, agora, tudo é feito de forma on-line, inclusive seu projeto de extensão que visa produzir um manual sobre a diversidade no meio publicitário.
Foto: Google
A professora conta que conhece várias pessoas que foram infectadas ou tiveram o estilo de vida afetado pelo vírus, entre elas, boa parte de seus alunos: "muitos vivem em periferias e não têm bom acesso às ferramentas de trabalho. Outros, não puderam deixar de trabalhar e estão sendo constantemente expostos em transporte público". Por fim, Fernanda explica que acredita que o isolamento social tem de ser respeitado, e isso precisa ser encorajado pelas empresas e pelas autoridades do país. Caso o contrário, "as mortes vão continuar".
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