A importância da vacinação contra COVID-19 para as crianças niteroienses

Pais compartilham a emoção de finalmente vacinarem seus filhos 


Por Andrezza Gomes 

Foto 1: Alice Freire, primeira criança vacinada em Niterói – Policlínica Dr. Sérgio Arouca

Reprodução: via Instagram @curtoniteroi


No dia 17 de janeiro de 2021, o Brasil aplicou a sua primeira vacina contra o vírus da COVID-19 na enfermeira Monica Calazans, em São Paulo, dando início ao período vacinal em todo país para pessoas maiores de 18 anos. Nesta última segunda-feira (17), um ano depois, Niterói iniciou a campanha de vacinação contra COVID-19 para as crianças acima de cinco anos em todo o município, com a expectativa de vacinar mais de 38 mil crianças de até 11 anos de idade. A última semana foi destinada às crianças com comorbidades ou algum tipo de deficiência permanente e a partir do dia 24 de janeiro, o imunizante estará disponível para as demais dessa faixa etária.

Com os casos da doença em alta e a ascensão da nova variante, Ômicron, desde o início do ano em todo o estado do Rio de Janeiro, a vacinação se torna extremamente necessária para o grupo infantil. Apesar da dose da PFizer ser 3 vezes menor do que a de um imunizante aplicado em um adulto, segundo a ANVISA, a vacina é eficaz e segura. O estudante de medicina da UFF, Luiz Guimarães, que está no 5° período da faculdade, explica o porquê da diferença e, posteriormente, a demora da liberação no Brasil: “Crianças não são pequenos adultos e seu sistema imunológico está em outro ponto de maturidade. Assim, para criar um esquema de vacinação apropriado, com dose e ‘proteção’ mensuráveis, novos estudos tiveram que ser feitos”. 

Depois de tanto estudo e espera, a vez dos pequenos finalmente chegou, deixando os pais que estavam ansiosos, mais aliviados, como é o caso da moradora de Barreto, Marcela de Souza, que é pedagoga e mãe do Enzo, de 09 anos, que compartilhou a sensação ao saber que seu caçula tomará a vacina pediátrica em breve:"Sensação de alívio, por finalmente sentir que meu filho não só vai estar protegido, como também protegendo a todos nos ambientes que frequenta”.

O alívio da mãe do Enzo também representa o sentimento de outros pais. Com o início do ano letivo de 2022, em fevereiro, a criançada volta a ficar mais exposta ao vírus, mesmo com todas as medidas dos protocolos exigidos pela Organização Mundial de Saúde, a OMS. Como é o caso da escola de Alexandre Siqueira, de 10 anos:

"Eles (funcionários da escola) tentaram (risos), tiveram algumas regras a serem cumpridas, mas sinceramente, acho que por mais que eles se esforçaram, foi impossível seguir certinho todas as regras”, contou Luciene Siqueira, mãe de Alexandre. 

Além da segurança e eficácia através da vacina em crianças, a pediatra Marcela Sodré, que atua no bairro de Icaraí, em Niterói, reforça a importância, explicando os riscos que elas podem correr ao contrair o vírus: “Crianças pegam o vírus e transmitem, isso só vai acabar quando toda a população estiver vacinada. Mesmo não desenvolvendo a forma mais grave, algumas crianças podem evoluir para uma síndrome chamada ‘síndrome inflamatória multissistêmica’, uma complicação gravíssima da COVID-19 que pode evoluir para óbito”.

A vacinação no município está acontecendo por idade decrescente, das 08h às 17h, em três postos de saúde: 

- Policlínica Regional Doutor Renato Silva – Avenida João Brasil, s/nº, Engenhoca.

– Policlínica Sérgio Arouca – Rua Vital Brazil Filho, s/nº – Vital Brazil.

– Policlínica Regional de Itaipu – Avenida Irene Lopes Sodré – Itaipu.

Confira o calendário das próximas semanas abaixo: 

24/01 e 25/01

a partir de 11 anos

26/01 e 27/01

a partir de 10 anos 

28/01 e 31/01

a partir de 09 anos

01/02 e 02/02

a partir de 08 anos

03/02 e 04/02

a partir de 07 anos

07/02 e 08/02

a partir de 06 anos

09/02 e 10/02

a partir de 05 anos

 


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