Conheça um pouco desses moradores uffianos que enchem a rotina dos alunos de fofura, mas também trazem aflições em relação à saúde nos campi da universidade
Por Laura Fernandes
Foto 1: Menina com cachorro em campus da UFF
Reprodução: Twitter @uff_br
Com vários bichinhos espalhados pelos campi da UFF, será que existe uma preocupação acerca do bem-estar deles? E eles são de fato bem cuidados? Membros da vida acadêmica se mostraram preocupados em relação a tais questionamentos e apresentaram relatos observados no dia a dia na faculdade acerca da saúde e bem estar desses animais que habitam a universidade.
Muitos dos bichinhos são tão queridos pelos estudantes, que até receberam nomes, como contou a aluna de Medicina Veterinária, Letícia Santana: "Na vet, tínhamos uma gatinha chamada Firmina, era muito fofa, amada e era cuidado com muito amor". O estudante de Engenharia Mecânica, Eric Lisbôa, também relatou: "Nomeei um doguinho da PV de Jailton Pastel. Ele ainda não gosta muito de mim, mas um dia vai gostar".
Foto 2: Cachorro com alunos em campus da UFF
Reprodução: Twitter @renjun_jun
Uma pesquisa foi realizada com 26 alunos da UFF sobre a questão dos bichinhos e a maioria (92,3%) afirmou que eles já fazem parte dos campi da universidade. Porém, os alunos também se mostraram preocupados com a saúde e o bem-estar desses animais considerados uffianos pela maioria dos estudantes, como Daniel Galvão de Carvalho, estudante de Geografia, que relatou: "Os vejo com frequência e alguns parecem doentes às vezes".
Foi o caso da gatinha Musa, que vive no IACS e contraiu esporotricose, o que preocupou muitos alunos do Casarão Rosa. Também conhecida como doença da roseira, a esporotricose é uma doença crônica e esporádica e também uma zoonose causada por um fungo presente no solo e na vegetação. A doença se manifesta com lesões na pele e também em outras regiões como mucosas, pulmões, ossos, articulações e sistema nervoso central.
Como não há um responsável pelos bichinhos, muitas vezes são os próprios estudantes que precisam se mobilizar caso surja alguma questão com algum dos animais, que coloque eles ou até mesmo os próprios alunos e funcionários do campus em risco.
Assim, para ajudar a gatinha, alguns estudantes do IACS se mobilizaram para criar uma vaquinha, a fim de ajudar no tratamento de Musa. Pedro Henrique Oliveira, aluno de Cinema e Audiovisual, foi o responsável pela criação da vaquinha. Além disso, falou que, junto de suas amigas que o ajudam com a gatinha, está se organizando para que Musa vire um projeto que faça uma ponte entre as pessoas que querem doar ração, remédio, entre outras coisas com os gatinhos da UFF: "[...] faremos um formulário para as pessoas cadastrarem os gatinhos que vivem espalhados por aí", completou o estudante. A ideia é reunir voluntários para ajudar a cuidar dos gatinhos que vivem nos campi, para diminuir as chances deles adoecerem.
É visível, portanto, que a questão das doenças nos animais dos campi é muito séria, pois pode, além de matar o bichinho, ser transmitida a qualquer um que frequente o campus.
Quando perguntados a respeito da situação de Musa, os alunos do IACS também se mostraram inquietos quanto a isso: "É preocupante porque poderia contaminar outros alunos e animais, mas fiquei feliz que a gatinha está sendo ajudada por alunos, fiz inclusive uma pequena contribuição", disse Hanna Bulha, do curso de Produção Cultural.
Pode-se, de fato, afirmar que é de extrema importância a preocupação e o cuidado com os bichinhos da UFF, assim como mobilizações, quando necessárias, prezando tanto pelo bem-estar deles, quanto pelo dos próprios alunos e funcionários. A presença dos bichinhos é motivo de alegria na rotina universitária, mas também é imprescindível a colaboração de todos os membros da vida acadêmica na hora de cuidar da saúde desses animais indefesos.
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