Uma pincelada de arte em Nitéroi
por Keila Marques
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| CineUFF |
Com uma programação independente e temática, buscando levar opções distintas do meio comercial, o “Cine UFF” foi criado por cinco cineastas com a colaboração do então reitor Manoel Barretto Netto em 1968. Desde então, o cinema da UFF se tornaria parte de um centro cultural, o Centro de Artes UFF, que fica no bairro de Ícarai, em Niterói.
Esse centro cultural conta com várias opções de lazer, uma delas é o cinema, entre os filmes em cartaz do momento, Bacurau, que ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019, Melhor Filme no Festival de Munique 2019 e Melhor Filme, Prêmio da Crítica e Melhor Direção no Festival de Lima 2019. Também se destaca Dor e Glória, que ganhou os prêmios de Melhor Ator (Antonio Banderas) e Melhor Trilha Sonora (Alberto Iglesias) no Festival de Cannes 2019.
A proposta do cinema é levar ao público uma mostra de filmes alternativos que vão além do mercado hollywoodiano. O espaço é famoso por exibir filmes estrangeiros e nacionais premiados que não são encontrados em cinemas tradicionais, além da recorrente presença de curtas amadores e profissionais com direito à roda de debate em seguida, mediada por profissionais convidados.
O ambiente ainda possui um teatro e possui também programações musicais, artes cênicas e visuais.
Há duas exposições no momento: “Desenho-Caminho” da Fernanda Andrade, e “Agarrar-se em Pedras Afiadas” de Nathan Braga, com quem foi feita uma breve entrevista em que o artista explica o conceito de sua exposição, sua inspiração e o elo entre cada trabalho apresentado.
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Ao ser perguntado sobre o viés de sua arte, Nathan explica que desenvolveu o conceito através do equilíbrio entre a vida e a morte, abordando sua relação com a perda e, de fato, nos faz senti-la. O uso do material é minuciosamente escolhido para contrastar a idéia dos opostos - o que artista chama de material rico e pobre. A relação das naftalinas usadas para manter algo que já se foi brinca com a ideia de que são usadas para dar cheiro ao que não existe mais e trabalhou com seu oposto: O mármore, que segundo ele, são as ruínas, algo que se desfaz, mas que leva mais tempo que a nossa própria vida e é por isso que é usado para a construção de jazidos.
Agarrar-se em Pedras Afiadas espelha a morte de sua mãe, quando tinha apenas sete anos, para nos mostrar que a vida é efêmera e que está passando. Ao apresentar uma coroa de flores mortas que se decompõem gradativamente no meio da exposição, diz que suas letras bordadas em um tom dourado “Sempre Viva”, estão, na verdade, gritando ao seu público “Viva Sempre”, porque assim como as flores estão morrendo, nós também estamos e o tempo está passando de qualquer
Nathan Braga de 24 anos é mestrando em Artes Visuais pela UERJ e graduado em Artes Visuais pela mesma universidade. Cursou ensino médio integrado no qual fez química no IFRJ e hoje é pós-graduando em Linguagens Artísticas, Cultura e Educação pela mesma instituição. Estudou Belas Artes durante seu intercambio na Universidade de Salamanca, Espanha. Portfólio
Sua exposição estará na Galeria de Arte UFF até o dia 8 de setembro de 2019.
Curadora: Marisa Flórido
Entrada franca
Rua Miguel Frias, 9 – Ícarai, Niterói
Para mais informações clique aqui
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