Sete em cada dez alunos de instituições federais estão suscetíveis a problemas e complicações mentais e psicológicas, afirma pesquisa realizada em 2016 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes)
por Paulla Guanabarino
O Brasil é o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo, de acordo com estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo os dados, estima-se que 9,3% dos brasileiros têm algum tipo de transtorno de ansiedade e 5,8% da população é refém da depressão. Quando diz respeito aos jovens, principalmente aos que estão nas universidades, os números só aumentam.
Fatores como expectativas do futuro, conciliação dos horários, manutenção da vida pessoal e a própria cobrança de si, são aspectos fundamentais para desenvolver esse estado psicológico. E foi por ouvir essas recorrentes reclamações que, Elaine Antunes Cortez, estudante de enfermagem e pesquisadora bolsista do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), iniciou em 2010 a sua pesquisa acerca da saúde mental dos estudantes do primeiro ao nono período do curso de enfermagem. Ao perceber que os alunos ingressavam na faculdade com questões problemáticas no âmbito psicológico, melhoravam parcialmente durante os semestres, mas ao fim da graduação retrocediam e pioravam, Elaine motivou-se a dar continuidade à pesquisa.
E assim, em 2011, com base nas suas teses anteriores, críticas e sugestões dos alunos estudados sobre o que a universidade poderia lhes promover a fim de melhorar a manutenção de suas vidas, ela impulsiona o projeto de extensão “Promovendo a Saúde Mental dos Estudante”. O projeto tem como objetivo ser uma ferramenta de promoção da saúde mental dos estudantes de enfermagem, que estressados e exaustos pela rotina de tempo integral da graduação, tem como possibilidade de escape, as atividades de reabilitação da saúde mental. O projeto ganhou prêmios em Portugal e na Espanha, em que a criadora e coordenadora do projeto, Elaine, fez seu doutorado e ainda chegou a ser convidada para fazer o curso de pós-doutorado.
Se você se interessou pelo projeto, mas não é do curso de enfermagem, não precisa abrir o processo de mudança de curso ou requisitar esse projeto na sua graduação. Ao voltar para o Brasil, Elaine expandiu seu projeto a toda comunidade acadêmica. Todos são bem-vindos ao espaço de promoção da saúde mental, um ambiente tranquilo onde você poderá fazer aulas de yoga, karaokê e outras diversas atividades que promovem bem-estar, descontração e relaxamento. Tudo para amenizar e tornar a vida acadêmica mais agradável, leve e menos desgastante, física, mentalmente.


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