A brincadeira que transforma realidades na UFF



Projeto Natação Adaptada promove desenvolvimento de alunos deficientes 

por Paula Guanabarino

Foto: Facebook
Coordenado pelo Professor de Educação Física da Universidade Federal Fluminense (UFF) Aurélio Pitanga Vianna, o projeto de extensão Natação Adaptada, iniciado em 2011, promove melhorias nos aspectos físico, mental e social de crianças, jovens e adultos atípicos. Além disso, tem como objetivo “desenvolver um trabalho pedagógico que busca conscientizar a população dos seus direitos e deveres, para que possam interferir na sua realidade social”, afirma o Coordenador.

Para João Anttonio Silva (20), aluno e bolsista do projeto há 1 anos e 6 meses, é gratificante e único ver a evolução de cada um dos alunos. Como eles interagem com a água e realizam movimentos e expressões que não lhes são comuns no cotidiano. “Nós temos consciência que o projeto influencia muito na qualidade de vida dos alunos e se não fosse por esse espaço, os alunos não teriam oportunidade de realizar esse trabalho em outras academias e/ou piscinas. Saber que nossa universidade tem um projeto assim é motivo de muito orgulho, principalmente por ser um deficiente físico.” João tem uma displasia congênita do membro superior esquerdo.

Aline de Oliveira Lopes e seu filho Daniel Augusto Lopes Cintra (14), que possui TEA (Transtorno do Espectro Autista) e hiperatividade, participam do projeto desde 2013. Aline teve conhecimento da iniciativa pela antiga neuropediatra do seu filho, que lhe passou o contato de uma mãe que também tinha um filho participante do projeto. 

Aline relata que Daniel sempre gostou de praia, de entrar no mar, mas que agora, ela percebe a diferença da relação dele com a água. E isso é possível graças a liberdade e autonomia dos alunos. A mãe ainda ressalta outro fator que se destaca no projeto, que é a socialização e o contato visual, fundamentais para uma criança autista.

Através de brincadeira lúdicas, se instigam e desenvolvem os contatos, o sensorial e as relações sociais dos alunos. "Ele não dava tanta resposta. E hoje, já tivemos épocas no projeto, dele até se apegar a determinados monitores. Ano passado e ano retrasado, tinha um menino chamado Mário, e ele se apegou tanto a esse menino, que ele o chamava pelo nome. "Mario, vem pegar! Ele queria que o menino brincasse de pega-pega com ele", comenta Aline.

Para alunos e familiares o projeto vai além da prática de um esporte, ele é desenvolvimento, transformação e inclusão. Aline conclui que “a piscina deu autonomia e liberdade, e para a gente enquanto família é muito bom porque os nossos filhos estão em um lugar adaptado para eles. Já que na maioria dos lugares os especiais ou deficientes é que tem que se adaptar aos locais. E no projeto Natação Adaptada não, já é tudo adaptado para eles. Então acho que isso faz toda a diferença, não precisa que as crianças se adaptem a nada, como tudo já é adaptado a eles, eles conseguem evoluir mais. Eles se sentem mais à vontade, porque eles sentem quando eles são bem quistos, quando eles são queridos.”

––––
Para mais informações sobre o projeto, entre em contato com o Instituto de Educação Física da UFF:
Telefone: (21) 2629-2809 / (21) 2629-2810
Endereço: Rua Professor Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n, Campus do Gragoatá - São Domingos, Niterói.
––––
Página do projeto no Facebook: https://www.facebook.com/natacaoadaptadaUFF/

Comentários

  1. Acrescentei "UFF" ao título para que o leitor tenha a imediata impressão de que lerá algo relacionado à universidade.
    Também alterei o subtítulo porque estava muito longo.
    A Paulla enviou algumas fotos para escolhermos, selecionei três e o editor chefe optou por apenas uma. Pensando bem, concordo com a escolha dele, pois não havia informações extra nas outras imagens.
    Alterei colocações de vírgula no segundo parágrafo é também a forma como a autora havia disposto a idade das fontes.

    ResponderExcluir
  2. Concordo com as alterações feitas, o subtítulo anterior, "Projeto Natação Adaptada promove desenvolvimento de alunos atípicos, mas estende seus resultados, aos pais, familiares e aos próprios monitores", poderia ficar confuso para o leitor, pois tentava unir muitas informações em poucas palavras, eram muito para um subtítulo. Com relação ao titilo, também concordo, é bom expor o nome da uff de cara, chamando atenção do leitor e mostrando logo do que se trata. Talvez só mudaria a ordem da frase como:"Na Uff, brincadeiras estão transformando (ou) transformam realidades", para colocar a Uff logo no início da frase.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Correção do comentário anterior: Era muito para um subtítulo* / com relação ao título*

      E com relação as fotos, também fiquei na dúvida de qual e quantas colocar, por isso que enviei, as que havia achado melhor, para minha editora escolher a(s) que seria(m) melhor(es) para a matéria.

      Excluir

Postar um comentário