A inovação dos ônibus de Niterói, com wifi e televisão, diminui o transtorno da viagem, porém há muitas melhorias a serem feitas
Por Catarina Brener
A antiga capital fluminense detém a maior frota de ônibus com ar condicionado do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade, a meta de climatizar 90% dos veículos já foi alcançada e novos ônibus foram adquiridos pelo consórcio TransNit.
Moradores e estudantes de Niterói afirmam que novas tecnologias de embarque e desembarque vêm sendo implementadas nos ônibus da região. De acordo com a dona de casa Cleide Santos, residente de São Domingos, a maioria dos motoristas são atenciosos e estão bem familiarizados com o uso do elevador para os cadeirantes. “O motorista sempre desce para ajudar e é prático caso surja alguma dificuldade, não demorando muito e não impedindo um deficiente de ir e vir”.
Embora haja infraestrutura boa em muitos ônibus de Niterói, as linhas que circulam, especialmente pela Zona Norte, parecem estar distantes dessa realidade. A principal crítica do estudante Filipe Pavão, de 21 anos, está na falta de coletivos climatizados. “Quando vou para Região Oceânica, pareço estar na Europa. Os ônibus são bem equipados, tem ar, cabo USB, e até uma televisão que fica falhando, mas tem. Já os da Zona Norte me fazem acordar do sonho e lembrar que estou no Brasil. São poucos carros em circulação, os bancos ficam soltos, e meu desodorante tem que estar sempre na mochila”.
Renato Barandier, secretário municipal de Urbanismo e Mobilidade, diz que pretende alcançar 95% da frota com ar condicionado até dezembro de 2020, com ênfase para os veículos que circulam na Zona Norte da cidade. Cenário bem distinto do restante do Brasil: “Niterói é a cidade com o maior percentual de climatização do país. Santos, por exemplo, tem 75%. São Paulo não chega a 35% e a cidade do Rio possui pouco mais da metade dos ônibus com ar condicionado”, ressalta.
Além das críticas mais direcionadas à Região Norte, o valor da passagem também é um aspecto ainda criticado pelos moradores. Com o aumento de R$ 3,90 para R$ 4,05 no mês de julho, muitos reclamaram que o preço é injusto, uma vez que os trajetos são muito curtos.
Tomás Zanotto, estudante de Cinema e morador do bairro Gragoatá, afirma que o valor não condiz com certas condições que os passageiros estão sujeitos - como os atrasos. “Apesar dos ônibus, em sua maioria, estarem em boas condições, a passagem ainda está acima do valor justo já que nada é tão distante”. Tomás sinalizou, inclusive, que muitas pessoas preferem dividir Uber com os amigos, pois acaba saindo o mesmo preço de um ônibus.
Texto muito bom, no geral. Catarina escreve bem, né? Nem tem cara (chances de estar pagando alguém pra isso... desconfie dela, Pena rs). Mudei o título, basicamente.
ResponderExcluirkkkk bobão pra idadeeee! Concordo com a alteração feita no título. Antes estava “ PASSAGEIROS ELOGIAM A QUALIDADE DOS ÔNIBUS, MAS COM ALGUMAS RESSALVAS”. Já não tinha gostado e pedi ajuda da mari/marcel pra alterarem.
ExcluirAh! E o subtítulo estava “A inovação dos ônibus de Niterói, com wifi e televisão, diminui o transtorno da viagem dos usuários, apesar de algumas reclamações ainda existirem”, acho que deixaria desse jeito antigo mesmo. Ou então... no título atual botaria um “ainda” depois de porém, acho que da mais ênfase 🤷🏻♀️
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