Do amarelo e do preto que vêm de dentro

A preparação da AARI pros Jogos Paulistas de Relações Internacionais

Por Ana Flávia Rodrigues

O JOPRI de 2019 acontecerá entre os dias 15 e 17 de novembro, e a Associação Atlética de Relações Internacionais (AARI) pretende chegar a Cruzeiro, município paulista que será sede do evento, mostrando a força da galera de Niterói. Afinal, depois do primeiro semestre fantástico que tiveram, essa vontade não poderia ser diferente. 

Isso porque os Barões da UFF foram campeões na computação geral do Humaníadas, torneio realizado entre as atléticas dos cursos de Humanas. Carol Santos, presidente da AARI, reconheceu o ótimo desempenho dos times em quadra e viu crescer um sentimento de união e da percepção de que essa conquista só foi possível por todos estarem juntos na missão. Ela admite que, embora a confiança dos atletas tenha aumentado muito, sempre há o que melhorar. “Um troféu de campeão geral deixa todo mundo muito animado pra continuar. É o que um dos nossos treinadores sempre fala: chegar no topo é fácil, mas se manter lá é difícil. A gente tá começando essa tarefa de se manter por cima”. A atleta Gabriela Tevier complementa: “não podemos achar que, pelo [1º lugar] geral no Humaníadas, vamos vencer sem sombra de dúvidas. Temos muito o que trabalhar e correr atrás”. 

E, pelo visto, as coisas não andam muito fáceis. Murilo Machado, diretor de esportes, faz questão de deixar claro a todos os membros das equipes que o bom resultado no primeiro semestre não pode mascarar as dificuldades que eles enfrentam. Por isso, o objetivo é marcar treinos e amistosos frequentes. Mas Murilo reconhece que o problema está justamente aí: “existem muitas atléticas e poucas quadras pra tantos treinos”. Carol ainda desabafa sobre a qualidade dos espaços disponíveis: “geralmente, não são bons e, quando são, o aluguel custa uma quantia muito grande que, muitas vezes, não cabe no orçamento da AARI”. Mas a presidente não desanima. “Apesar disso, a gente tá conseguindo”. 

A atlética de RI é uma das mais ativas da UFF e, em parte, o êxito deve-se ao fato de que os calouros se sentem muito atraídos e acolhidos por ela. Murilo gosta de dizer que 2019.2 é “o semestre da transição [...] o que é fundamental para manutenção dos times e a continuidade do bom trabalho dos técnicos". E são perceptíveis os bons resultados que vêm desse processo. Carol, muito orgulhosa, exalta que os novatos compraram a ideia da atlética de haver renovação, uma preocupação fundamental da diretoria. Para Gabriela, a Gabi, eles são os “elementos surpresa” na busca por mais um título. 

Fotos do Instagram oficial da AARI

Já dá pra perceber que a AARI vai dar trabalho em São Paulo. “Esse semestre está sendo bem produtivo e os times têm atletas de qualidade que voltaram de intercâmbio, outros que se mantiveram e muita gente nova boa também. Minha expectativa ao longo das semanas tem aumentado”, comemora Murilo. Carol se mostrou muito satisfeita com o sentimento de pertencimento que circula entre os membros da atlética, o que coloca as expectativas lá no alto. O tom do grito de guerra da torcida amarela e preta é um recado intimidador para os paulistas, e traduz a autoconfiança da equipe: “quem é que te destrói? O barão de Niterói”.