Por Hevertton Luna
Gabriel Sabóia/UOL
A pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) teve seu primeiro caso confirmado no dia 17 de novembro de 2019 em uma pessoa de 55 anos na província de Hebei (China). O vírus passou a circular pelo mundo, até que chegou em terras brasileiras, houve a confirmação no dia 26 de fevereiro de um homem de 61 anos que estava viajando pela Itália. E no dia 17 de março de 2020, a Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiu adiar o início das aulas em 30 dias, no meio de incertezas e dúvidas que culminou na criação do Grupo de Trabalho e foi decidido no dia 17 de Julho que o período letivo iria começar em 14 de setembro de 2020.
Em virtude das dificuldades de uma parcela dos alunos para se conectar ao modelo emergencial que é todo feito por aparelhos eletrônicos e necessita de uma boa conexão com a internet. A UFF liberou os editais para o Programa Integrado de Inclusão Digital e Apoio às Atividades Acadêmicas para conceder empréstimos de notebooks e de modems de acesso a internet aos alunos em situação de vulnerabilidade econômica e no edital foi definido que:
• 2.000 alunos da pós-graduação e 8.000 alunos da graduação poderiam escolher para o acesso a internet: 100 reais, 1 modem com chip e somente um chip.
• Os alunos da graduação receberiam 500 notebooks e os da pós-graduação teriam 50 notebooks.
Pontuou o Professor Pablo Nabarrete na questão dos editais de acesso, que embora reconheça o programa como necessário, houve a problemática de que o anúncio e a inscrição foram realizados por meios digitais e isso causou ruídos na comunicação com os alunos, já que eles estavam com a conexão limitada para realizar o processo.
Houve atrasos na entrega dos equipamentos como relatou uma aluna do curso de jornalismo: “foi demorado! Eu me inscrevi acho que junho ou julho, assim que saiu o cronograma dessas bolsas. Mas eles foram estendendo, estendendo e não liberava nunca o resultado do primeiro edital. Por fim, eu só fui pegar o Chromebook 16 dias após o início das aulas remotas, no dia 30/09.” E com o início das aulas e a chegada dos equipamentos aos alunos nem tudo foi resolvido. Conforme relatos de duas alunas, que os notebooks são limitados por terem uma configuração que atrapalham as atividades acadêmicas.
“O chromebook é bem simples, como ele é baseado no Google, casou bem com a plataforma de ensino escolhida pela UFF. Admito que o notebook é um pouco limitado, mas serve ao seu propósito” Gisella Jardim, estudante de Economia, 20 anos.
“Olha, mais ou menos. O sistema Chrome OS é bem limitante! Não dá pra usar esses programas do Windows como PowerPoint e Word. Tentei usar o online mas não deu certo! No Word me viro usando o Google docs que até que me atende bem mas ainda não arranjei uma alternativa para o Powerpoint pra que eu possa usar nesse Chromebook. E pra eu ter acesso ao play store (meio que única forma de baixar algo já que a loja Chorme não há nada de útil, ao meu ver) preciso logar com meu celular e eu não testei ainda, mas ACHO que ele meio que replica e pra eu usar no Chromebook precisaria baixar no celular também. O que seria um grande problema pra mim já que minha memória tá sempre cheia. Outra coisa é que as pastas do arquivo possuem permissões. Quase todas elas estão com a permissão apenas de visualizar, mesmo eu estando logada na minha conta. Isso me impede de apagar qualquer arquivo que não esteja mais em utilidade.” Aluna de jornalismo, moradora de Campos dos Goytacazes.
O Alô, Gragoatá! não conseguiu uma resposta do DCE Fernando Santa Cruz para comentar sobre assunto.
O Programa Integrado de Inclusão Digital e Apoio às Atividades Acadêmicas pelas declarações foi o possível de ser feito para esse período emergencial mesmo com falhas e acertos, pois se o ano letivo estivesse paralisado seria um prejuízo enorme para os alunos que visam a entrada no mercado de trabalho e no mundo acadêmico.
Hevertton, excelente reportagem. Achei o tema bastante importante e amei a escolha das fontes, foram muito pertinentes. Entretanto, um detalhe que chamo à atenção é para a pontuação e estrutura das frases, como na parte sobre o que pontua o Professor Pablo Nabarrete. A falta das vírgulas para separar em períodos menores deixou a frase longa e, portanto, confusa. Creio que uma revisão simples conseguiria resolver isso, bem como alguns problemas de pontuação. No mais, adorei a matéria.
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