Os erros e os acertos na retomada durante a pandemia
Por: Igor Klen
A pandemia do novo coronavírus mudou completamente as dinâmicas rotineiras das pessoas, desde a maneira como cumprimentamos uns aos outros até a forma como exercemos nossas atividades. E não foi diferente nas competições esportivas. Dentre êxitos e infortúnios, diversas instituições e organizações esportivas adotaram medidas restritivas baseadas em protocolos sanitários que pudessem garantir, ainda que sem tanta certeza, a tranquilidade e a segurança de atletas e outros profissionais perante o perigo de contágio da covid-19.
Deflagrada em 11 de março de 2020, a pandemia mudou o mundo e prejudicou o andamento de diversos campeonatos, que tiveram que ser paralisados ou até mesmo cancelados. E dentre as mudanças, destaca-se o adiamento da maior competição que seria realizada no ano: os Jogos Olímpicos de Tóquio, sendo um evento de caráter mundial que preza pela união e celebração dos povos. Nesse caso, preferiu-se adiar para o ano seguinte ao invés de serem realizados de portões fechados e com os devidos protocolos, algo que marcou o contraponto do retorno apressado dos torneios esportivos no ano.
Considerado o esporte mais popular do mundo, o futebol teve uma onda de adiamentos e restrições até parar de vez na maior parte do planeta em março deste ano. Ao longo dos meses, a FIFA e outras autoridades discutiram e buscaram uma maneira de retornar o mais rápido possível seus jogos, ainda que boa parte dessa motivação tenha sido financeira. Através dos protocolos sanitários e contando com a diminuição da onda de covid-19 (na Europa), a nata do futebol voltou, de portões fechados, com o reinício do campeonato alemão no jogo Borussia Dortmund 4x0 Schalke 04, no dia 16 de maio.
O exemplo de sucesso do campeonato alemão foi seguido por outras grandes ligas, que adotaram protocolos semelhantes e conseguiram retornar gradativamente. Ainda que pudesse ser um risco retornar com o futebol e que casos de covid-19 continuassem surgindo, a experiência europeia foi considerada mais organizada, diferentemente do Brasil, no qual destaca-se negativamente a diretoria do Flamengo, que foi quem mais brigou pelo retorno do futebol no país mesmo com taxas exorbitantes de covid-19, ocorrendo no jogo contra o Bangu pelo Estadual (3x0), em 18 de junho.
Tida por muitos especialistas como o melhor exemplo de organização durante a pandemia, a NBA (liga americana de basquete) montou uma estrutura especial que permitiu não apenas o sucesso de audiência, mas à marca incrível de não ter tido nenhum caso de covid-19 durante o retorno do campeonato em julho. Após a paralisação em março, foi montada uma estrutura especial na Disney (Flórida), na qual atletas, comissões técnicas e demais profissionais ficaram completamente isolados no que ficou conhecido como “bolha”, na tentativa exitosa de evitar novos casos da doença.
Outros esportes, como o tênis, buscaram inspiração no modelo da NBA para retornar suas competições, como no torneio US Open, mas sem tanto sucesso nos protocolos apesar da “bolha” que também foi adotada, já que houveram novos casos da doença. Em geral, os esportes adotaram protocolos baseados no distanciamento social, tendo assim a diminuição do número de pessoas trabalhando nos locais de competição, portões fechados para o público e reforço na higienização. Esse foi o jeito que o mundo deu, ainda que cercado de polêmicas, para voltar a se emocionar com os esportes.
Vale ressaltar que a equipe do blog Alô, Gragoatá! buscou o contato com o departamento médico dos clubes Canto do Rio e Grupo de Regatas Gragoatá , para obter mais esclarecimentos e opiniões sobre os protocolos que foram adotados no esporte, mas infelizmente não obtivemos retorno. O blog pede sinceras desculpas aos seus leitores e a compreensão de que, em um momento tão delicado na saúde de todo o mundo, os médicos não possuem tanta disponibilidade justamente por estarem na luta contra o vírus e em prol da manutenção das vidas.
Texto bem construído e escrito, sem erros gramaticais aparentes. O autor optou por um lead mais explicativo e rememorativo, desenvolvendo mais a situação do assunto da pauta durante o texto, sendo por vezes até opinativo. Porém, senti falta de maior ligação com o Gragoatá, por ser essa a proposta do blog. No último parágrafo é até dito o motivo, que é compreensível pelo momento em que vivemos, que torna tudo mais difícil. Mas talvez poderia ter buscado o contato não só com o departamento médico do Clube citado, mas também com alguém com cargo administrativo que talvez pudesse estar ciente dos protocolos de retomada do próprio clube, ou então, buscar outros clubes da região se existirem.
ResponderExcluirOk, Daniel! Muito obrigado!
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