Os processos e trajetórias que acompanharam a história do audiovisual e da comunicação na UFF.
Por Mariana Mangueira
Há mais de 50 anos o Instituto de Artes e Comunicação Social abriga os cursos de audiovisual e comunicação da UFF, formando “uffianos” capazes e contando com profissionais qualificados. A prova disso é que o curso de cinema e audiovisual da Universidade Federal Fluminense possui conceito 4 na classificação do MEC e o curso de comunicação ocupa o 6º lugar entre as faculdades do Rio de Janeiro segundo o RUF de 2018(Ranking Universitário Folha). Porém é coerente que certas condições, como a preservação e chegada de novos equipamentos, tenham sido afetadas nos últimos 52 anos, especialmente após tantas dificuldades enfrentadas pelo ensino público, como o corte de verba e até mesmo a pandemia do Covid-19 que poderá acarretar problemas futuros.
Para conhecer a trajetória que estamos acompanhando os profissionais Bruno Pacheco e Rômulo Correa, contam sobre sua trajetória nos espaços do casarão rosa da UFF, incluindo relatos importantes para a própria história do IACS. Bruno é técnico em audiovisual, e está no cargo desde 2015, mas seu contato com a universidade vem de antes, quando completava seu mestrado no Instituto. Sendo ele o único responsável da área, toda a responsabilidade de preservação, empréstimos e cuidado com os equipamentos e estúdios dos cursos em questão, recai sobre ele. Ele conta sobre o quão fundamental foi sua chegada ao posto que ocupa há 5 anos, todos os materiais audiovisuais eram desatualizados e os espaços (salas de edição e estúdios de gravação) eram pouco utilizados justamente por um sistema desorganizado e pela falta de um encarregado no assunto. Logo, sua primeira atitude foi criar um sistema adequado e realizar as atualizações e transições (da fita ao digital) necessárias. Desde então, Bruno mantém um relato positivo em relação à evolução organizacional do departamento de comunicação, que é o qual é encarregado, mesmo tendo problemas orçamentários.
“A gente vem adequando coisas e melhorando, sempre tem um diálogo com a direção e com as chefias de departamento para tentar adquirir e consertar algum equipamento, tudo com muita dificuldade porque os últimos anos foram muito ruins em termos de orçamento para aquisição de equipamentos.” Ele comenta ainda sobre o que acha da qualidade dos materiais audiovisuais: “Temos um material bom para trabalhar, eu acho que comparando com outras universidades a gente tem um atendimento bom e um equipamento bastante capaz de dar conta da demanda dos alunos.”
Mesmo sendo positivo em relação à melhora das condições dos laboratórios e materiais e sua disponibilidade, Bruno admite que desde 2015 tem havido pouca entrada de novos materiais, de ar condicionados à novos projetores, isso seria devido à problemas com a entrada de verba para a universidade. Subentende-se que a tendência à defasagem aumentou ainda mais em consequência do corte de verba do ensino público, decorrente dos últimos dois anos.
Apesar de termos boas realizações em relação ao percurso de Bruno, Rômulo teve uma experiência diferente durante seus 10 anos de trabalho na UFF, como professor adjunto de fotografia. Ele conta sobre o ultimo período próspero do qual se lembra, em relação aos investimentos feitos na área da fotografia no curso de comunicação.
“Quando eu cheguei na UFF em 2010, tivemos a última grande compra de equipamento fotográfico, como câmeras digitais por exemplo, desde então quase não houve investimento nenhum nesse sentido.” O professor relata ainda que os equipamentos analógicos são de boa qualidade, mas que houve problemas com a digitalização.
Então o curso de fotografia tem contado principalmente com o investimento feito entre os anos 2000 e 2015 para seguir com as aulas, essas que prosseguem com a falta de equipamentos básicos para a fotografia como boas fontes de luz, e um bom estúdio fotográfico. Rômulo comentou ainda sobre as medidas criativas que teve que tomar como professor prático.
“Já tiveram aulas que eu levei equipamento meu, e cursos que eu bolei toda uma iluminação alternativa, por não ter os equipamentos próprios.” Ele revela também um comparativo com outras duas universidades particulares nas quais da aula no mesmo departamento. Tanto a Estácio quanto a IBEMEC, são contempladas com materiais atualizadíssimos e em ótimo estado e manutenção, também com ambientes estruturados e preparados para receber a fotografia como disciplina prática. Mesmo dando aulas em locais privilegiados nessa área, Rômulo lamenta a defasagem na área fotográfica da UFF.
A todos os alunos da UFF e principalmente do IACS, resta torcer por tempos melhores e mais prósperos para os cursos. E manter boas expectativas até mesmo para o decorrer e término da pandemia, como o próprio Bruno, que prefere enxergar as conquistas e avanços alcançados nesse período, como a transição digital do departamento de comunicação, que adiantou de forma enfática seus processos de criação de novos sistemas e adequação à nova realidade
Oi, Mariana! Parabéns pela reportagem! Não tem ninguém melhor pra falar sobre equipamentos audiovisuais do IACS que Bruno. Muito boa a escolha da fonte. Curti muito o contraponto da visão de Bruno com a de Rômulo, partindo da experiência dele nas particulares. Enfim, é um assunto que precisa ser mais abordado mesmo, por nos afetar diretamente e comprometer nossa formação. Seguem algumas observações sobre o texto. ;)
ResponderExcluirLinha fina: não termina com ponto.
1º parágrafo: Vírgula após "há 2 anos". | Iniciais de nomes de curso de graduação são maiúsculas. | Vírgula antes de "segundo o RUF de 2018". Não sei se da forma que você colocou ta errado, mas eu deixaria "segundo o Ranking Universitário Folha (RUF), 2018". É a forma que vejo com mais frequência. | Colocaria uma vírgula após "Covid-19".
2º: Pôr vírgula antes de "os profissionais" e retirar de depois de "Rômulo Correa". | Pôr "suas trajetórias" no plural. | Poderia ser "para sua história". | Deixar só "desde 2015". | Retirar vírgula após "questão". | Em reportagens, vejo mais travessões que parênteses... Por isso deixo o comentário, mas não sei se é obrigatório. | Lá no finalzinho "do qual é encarregado".
3º: Acredito que as vírgulas que usou nas transcrições deveriam ser pontos.
4º: "[...] que, desde 2015. há...". | Após "projetores", ponto ao invés de vírgula.
5º: Acento no "último".
6º: "Cheguei à UFF" | "aulas, que prosseguem" | Pôr vírgula antes de "como" e tirar de depois de "luz".
7º: Não pôr vírgula antes de "e". | "nas quais dá aula" | Tirar vírgula após "IBEMEC"