Por Lohayne Borges
Foto:https://querobolsa.com.br/revista/vestibulandos-tem-piora-na-saude-mental-durante-quarentena
Apesar das expectativas para o fim da pandemia com o início da vacinação, é de conhecimento geral que esta situação não anda tão positiva e segue sem previsão de melhora. Diante disso, a experiência atípica do Ensino Remoto e as questões relacionadas a saúde mental e físicas, além do medo da possibilidade de contaminação por COVID-19, se faz cada vez mais presente na rotina dos alunos. Agora após este primeiro contato oficial de setembro à dezembro de 2020 e com início de um novo período remoto em fevereiro de 2021 que seguirá até o mês de maio, é importante entender como anda o corpo e a mente dos estudantes. Quais foram as principais mudanças emocionais durante este tempo? O que pode ser feito para manter um equilíbrio?
Aulas remotas, dificuldades do dia a dia e ansiedade
De um ponto de vista mais profissional em relação aos impactos na saúde mental dos estudantes, o distanciamento social, por si só, já pode potencializar crises de ansiedade. A psicóloga Ivilisi Soares explicou que “as aulas de forma remota causam maior pressão porque responsabiliza o aluno pelo próprio aprendizado, o que gera preocupação e ansiedade também para os professores. Todo esse novo processo de aprendizagem gera um sofrimento psíquico que altera a estabilidade emocional do estudante, uma dessas é a ansiedade”. O ambiente familiar equilibrado, qualidade da internet, um local mais tranquilo, são fatores também apontados por ela como ideais para ajudar neste momento, porém é importante dizer que não é a realidade de todos. O estresse, o cansaço, as dores de cabeça, de coluna são outros desafios enfrentados diariamente.
Um pouco da experiência dos estudantes
A aluna Rayssa Nascimento que sofre com a ansiedade, contou que o ensino remoto contribuiu para intensificar suas questões emocionais, por conta do aumento das atividades e leituras além da limitação em fazer amizades e interagir. Dandara Mendes outra ouvida, expôs igualmente que esse modelo de ensino contribuiu bastante em relação as questões emocionais “devido à sobrecarga de atividades e complicações de conciliação da faculdade com o trabalho”, a mesma também sofre com a ansiedade.
Ambas relataram dor de cabeça, estresse e cansaço físico e mental durante esse período e apesar de não terem sido acometidas pelo COVID-19 durante esse período, o medo da contaminação também é um fator de que aflige as entrevistadas. As estudantes relataram ainda que procuram formas de refúgio e preservação da saúde para sair um pouco do “caráter sério e repressor que é o ler, anotar e ouvir" apontado por Rayssa em uma de suas falas.
A psicóloga explicou que “Ansiedade, angústia, frustração, medo, todos esses sentimentos alteram a bioquímica cerebral. Substâncias como adrenalina, noradrenalina e cortisol (hormônio do estresse) são jogadas em nossa corrente sanguínea trazendo consequências na forma como nosso corpo funciona. Portanto, o Ensino Remoto, com todas as suas incertezas, potencializa o aparecimento do estresse cansaço e dor de cabeça. Temos também irritabilidade, apatia, insônia, mau humor e desinteresse pelo aprendizado.”
Suporte da UFF aos estudantes
Foto: Captura de tela da página oficial da UFF no Instagram
A Pró Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAES), vinculada à Divisão de Atenção à Saúde do Estudante e a Coordenação de Apoio Social, divulgou site da UFF e em suas redes sociais, a abertura de um novo edital no dia 08 de março de 2021, com 50 vagas para escuta psicológica disponibiliza para os estudantes, apesar da pouca quantidade de vagas a escuta psicológica tem como objetivo ajudar os alunos com as questões emocionais que tenham surgido.
Sugestões para encarar a situação melhor
É preciso entender que a adaptação a essa nova forma de ensino é um processo pessoal e que cada um terá um tempo para assimilar, para ajudar aí vão algumas dicas da psicóloga:
- Não se cobrar mais do que o necessário se já cumpriu todos os compromissos;
- Reconheça seus limites, mas busque solucionar os problemas que surgirem, sem esperar que a solução venha do outro;
- Não procrastine tarefas senão elas vão se acumular e a ansiedade vai aumentar;
- Encontrar um local tranquilo e confortável para assistir às aulas, evitar o sofá e a cama, tentando aproximar ao máximo do ambiente escolar;
- Planeje sua rotina e tente que cumprir com um mínimo de flexibilizações;
- Faça exercícios físicos, se alimente bem, tenha momentos de lazer com os cuidados necessários neste momento de pandemia;
- Converse com sua família para ter nela um apoio;
- Se necessário procure ajuda psicológica;
A matéria ficou incrível!!!! 👏🏾♥️
ResponderExcluirAdorei 👏🏽👏🏽
ResponderExcluirQue material incrível.
ResponderExcluir