Por Laís Dias
Em virtude da pandemia ocasionada pelo coronavírus, a Prefeitura de Niterói suspendeu as atividades de toda rede de ensino em março do ano passado. Após um ano, com 870 óbitos, e 30.066 casos de coronavírus confirmados na cidade, a Prefeitura atua em um plano de retomada das aulas.
Desde o dia 1° de fevereiro, a rede particular do município está autorizada a retornar. Neste primeiro momento, será através do ensino híbrido. Tal modalidade, se subdivide em on-line e presencial, e é a opção oferecida pelas escolas neste retorno gradual após um ano fechadas. Nesse modelo, a capacidade de alunos dentro das salas de aulas é reduzida, e os colégios devem seguir todos os protocolos de segurança.
Em conversa com Lucas Souza, aluno do Colégio da Polícia Militar - CPM que voltou às atividades no dia 1°, quando foi questionado se ele se sentia seguro em retornar nesse período, ele disse: “Sim! Porque estão seguindo os protocolos direitinho com higienização das mãos, aferição de temperatura, distanciamento das carteiras etc.”. A volta, segundo ele, foi avisada com até duas semanas de antecedência.
“Inclusive alguns alunos só ficaram de forma remota e alguns outros foram no presencial, mas por causa do aumento de casos, voltaram ao remoto”, disse Lucas, quando perguntado se os alunos tiveram a opção de permanecerem somente com o ensino remoto, caso preferissem.
Foto: Facebook / Prefeitura Niterói.
O reinício das atividades na rede municipal está previsto para o dia 25 de março, sendo que ainda não se sabe o modelo que será adotado. Do dia 5 ao dia 28 de fevereiro, a Secretaria Municipal de Educação (SME) em conjunto com a Fundação Municipal de Educação (FME), abriu uma consulta pública para pais e responsáveis, a fim de conhecer a situação das famílias e definir o melhor retorno para todos, seja remoto ou híbrido.
O plano de retomada também conta com um novo ambiente virtual de aprendizagem em conjunto com a capacitação dos educadores, a plataforma Niterói em Rede, que vai possibilitar encontros entre professores e alunos, que vão poder estar conectados em diferentes momentos. "A primeira capacitação foi muito superficial e até então não houve outra chamada pelo menos que eu saiba”, disse Lucinéa Ferreira, professora da Escola Municipal Mestra Fininha, a 8 dias do início do calendário previsto, ainda com dúvidas de como mexer na plataforma.
Neste período, se deve levar em consideração para a escolha do modelo de ensino, outras situações que os alunos se submetem para chegar até a escola, como por exemplo o caso do Lucas, que enfrenta o transporte público. O plano de retomada ainda enfrenta outras falhas como a falta de capacitação dos professores quanto à nova plataforma e a desinformação desse grupo em relação a como se dará a abertura das escolas.
Excelente texto!👏🏽
ResponderExcluir