Por Luis Felipe Granado
A Casa de Quina foi projetada pelo italiano Antônio Virzi, que veio para o Rio de Janeiro em 1910 e faleceu em São Paulo, em 1954. Sua planta data de 1929 e o destaque fica para a construção em disposição oblíqua, que dá nome à casa. A estética totalmente anti-acadêmica era típica dos arquitetos europeus do século XX, como Victor Horta, Otto Wagner e Antoni Gaudi.
Ao andar alguns minutos pelo Gragoatá, é notável a enormidade de prédios que saltam aos olhos, passando por prédios modernos, como a sede da Enel, até as edificações com mais história, como o neoclássico Instituto de Artes e Comunicação Social, o rosado IACS. Uma dessas construções que chama a atenção é a Casa de Quina, na Rua Coronel Tamarindo, 67.
Reprodução: Facebook
A casa foi colocada, originalmente, na frente da praia, porém os aterros do bairro fizeram com que ela se reorganizasse na estrutura do bairro. Ainda assim, a luz penetra os ambientes internos pelos diversos vãos planejados para mantê-la sempre iluminada.
O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) tombou a construção em 31/08/1990, devido à sua atemporalidade e modernidade, até mesmo para os padrões da época. O primeiro proprietário do imóvel foi Gil Brás de Santilhana, que encomendou um projeto de casa tendo como base o desenho triangular, combinando com o logotipo da fábrica de elevadores "Excelsior", da qual ele tinha participação. Com a morte do empresário, o imóvel passou às mãos de seu filho que cuidou para que ela mantivesse o caráter residencial até os dias de hoje.
Foto: Sergio Pagano, armazenada no Museu da PUC-Rio
O recém-formado arquiteto pela Universidade Federal Fluminense, Alexandre Vieira, de 28 anos, ao ser perguntado sobre o que mais chama atenção no projeto, ressalta que “o interior, é, sem dúvida, de impressionar. Ao mesmo tempo que o formato da residência é ousado, a parte interna consegue manter o caráter aconchegante, próprio de qualquer residência. É realmente um desenho especial.“
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