Laboratório é responsável por diferentes projetos voltados para o audiovisual da UFF.
Por Maria Eduarda Cunha
Foto: Cinevi.uff.br/lupa
O Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual, também conhecido como LUPA, é um laboratório vinculado ao departamento de Cinema e Vídeo e vem se destacando como um dos principais meios de acesso aos conteúdos audiovisuais produzidos pela UFF. O “Alô, Gragoatá!” entrou em contato com seu coordenador para descobrir mais sobre a iniciativa e seus projetos mais recentes. E também com antigos estudantes de cinema na UFF e diretores de filmes disponíveis no site do LUPA, Luiza Alvim e Zaga Martelletto.
Criado em 2014, o LUPA tem como objetivo ser um arquivo de filmes universitários regional. Seu principal compromisso é na contribuição da preservação do audiovisual, especificamente, o cinema amador e universitário fluminense. Ele busca ampliar a compreensão da importância de cuidar da memória audiovisual e estimular projetos nessa área.
Desse modo, o laboratório apoia as atividades de ensino, pesquisa e extensão na área de preservação audiovisual do departamento de Cinema e vídeo da UFF. Também recebe, preserva e difunde equipamentos e documentos relacionados à cultura cinematográfica amadora.
De acordo com o professor de História do Cinema Brasileiro e coordenador do LUPA, Rafael de Luna, o laboratório não é o arquivo oficial do curso de cinema, mas está tentando ajudar nesse recolhimento. No entanto, ainda tem recebido poucos materiais. Ele também diz que os filmes mais antigos estão em diferentes arquivos no Rio de Janeiro e que o desafio é reunir essa produções com as mais recentes, já produzidas no digital mas com cópias de baixa qualidade na internet. A meta é que o LUPA e consequentemente a UFF se consolidem como uma liderança nessa área.
Foto: Instagram @lupauff
Entre os projetos realizados, o mais recente foi a disponibilização no site do laboratório de toda a filmografia do curso de cinema da UFF entre os anos de 1972 e 2016. O coordenador do projeto revelou que a ideia surgiu a partir da percepção de que não existia uma listagem completa e atualizada de todos os filmes feitos ao longo da história do curso de cinema da UFF. A partir disso, o projeto abordou toda a pesquisa para a compilação e divulgação dessa listagem, que, segundo ele, ainda está no começo.
Luíza Alvim, diretora dos filmes “40 anos de Cinema na UFF” e “Ilusões” acredita ser essencial tanto para história pessoal de cada estudante quanto para a história do curso de cinema esse cuidado e disponibilização desses materiais.
O diretor do filme "Santeiro 3D - Ou Roda Peão, Como Sérgio Prefere", Zaga Martelletto, reafirma a importância da preservação de qualquer material audiovisual. E ainda frisa a grande importância que o cinema “Uffiano” tem no cenário cinematográfico brasileiro, através de produções clássicas como “O sol alaranjado” de Eduardo Valente. Zaga também relata que ter conhecimento e acesso a essas histórias é muito importante para defender o valor das produções de estudantes e inspirar alunos de que seu curta possa representar um caminho para uma carreira.
Rafael de Luna também conta das dificuldades que a pandemia trouxe para a realização do projeto, pois impossibilitou o desenvolvimento de atividades presenciais que incluiriam o início da digitalização de filmes antigos ainda não disponíveis em formato digital.
Os principais projetos para 2021 ainda dependem da situação mais ampla do Brasil, tanto pela pandemia quanto pela interrupção do edital de estágio interno pela UFF.
Para 2021, podemos esperar mais algumas adições à lista de filmografia disponível no site, uma vez que desde o lançamento do projeto, eles já receberam novos acréscimos. O laboratório também está à frente de outras iniciativas, tais como, a “Niterói em imagens” em uma colaboração da UFF e da prefeitura de Niterói, visando a criação de um portal na internet para imagens fotográficas e em movimento da cidade.
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