Por Thainá Feijó
Foto: Página “Bandejão UFF” no Facebook
“Para pessoas que já têm gasto com passagem para a Universidade, ou simplesmente não se encontram em uma boa situação financeira, ele garante que estaremos alimentados e aptos a estudar ou trabalhar”. Tal afirmação, feita por Anna Luisa Magalhães, aluna da UFF, salienta a importância do bandejão para os alunos e funcionários, deixando claro como a falta dele pode afetar diretamente a vida de cada um.
Inaugurado há mais de 30 anos, o bandejão da UFF já passou por diversas melhorias e, até 2019, em seu funcionamento normal, a unidade do Gragoatá servia de 7500 a 8000 refeições por dia. É um dos maiores restaurantes universitários do país e o mais barato do Estado do Rio de Janeiro, com valor de R$0,70 por refeição para os estudantes, R$2,50 para servidor técnico-administrativo ou terceirizado, R$5,00 para professores e R$8,00 para visitantes. Além disso, algumas bolsas estudantis disponibilizadas pela universidade garantem a gratuidade no bandejão.
Para os alunos de graduação, é disponibilizada a carteirinha UFF, que ajuda na relação dos mesmos com a universidade, principalmente com o bandejão. Ela possibilita a compra de crédito em terminais de recarga que ficam espalhados pela UFF, e pode ser utilizada nos restaurantes que têm catraca eletrônica. No caso dos que não possuem a catraca, ou de quem não tem direito a carteirinha, é necessário comprar o ticket no bandejão do Campus do Gragoatá.
Com o funcionamento de segunda a sexta no horário do almoço em todas as unidades – e também no jantar, nos Campus do Gragoatá e da Praia Vermelha –, o cardápio do bandejão conta com acompanhamentos, prato principal, guarnição, sobremesa e refresco. Com o auxílio de quatro nutricionistas, a alimentação é toda pensada para ser saudável, visando evitar comidas industrializadas sempre que possível.
“O preço é muito acessível, o que nos possibilita comer diariamente no local. Além disso, as refeições possuem certa variedade, são bem feitas, bem servidas e sempre contam com opções de salada ou legumes. Há também dias em que é oferecido refresco e até sobremesas como frutas ou doces”, disse Anna Luisa Magalhães, aluna do oitavo período do curso de Desenho Industrial da UFF.
Anna Luisa diz que, em alguns dias, tem a necessidade de comer no bandejão por estar com o dinheiro contado, mas “independente de estar com dinheiro sobrando ou não, é sempre uma das melhores opções”. Ela afirma conhecer outras pessoas que fazem todas as suas refeições lá, relatando que “muitos dependem do bandejão para se manter na UFF”.
Para Lorena Rodrigues, outra estudante de Desenho Industrial na UFF, o bandejão também é de extrema importância para os alunos e funcionários, já que a maioria passa um longo tempo dentro da universidade e uma alimentação correta é imprescindível para a saúde de cada um. Ela relata que “deve ser considerado que uma parcela dessas pessoas não tem condição de gastar dinheiro com frequência” e com os valores acessíveis do bandejão, é possível se alimentar bem pagando uma quantia que cabe no bolso de todos.
Durante a pandemia da COVID-19 – que já dura mais de um ano e quatro meses –, o restaurante universitário não está em atividade. Entretanto, como destaca Lorena, muitos alunos e funcionários ainda precisam estar na universidade, “seja para mantê-la limpa e organizada, seja para a realização de projetos, mas não conseguem manter a alimentação necessária”, pois o bandejão é o único lugar com o qual eles têm condição de arcar.
Comentários
Postar um comentário