Depois das grandes manifestações contra o governo Bolsonaro, o Coletivo Juntos organiza mais um grande ato no dia nacional do estudante, o 11 de agosto
Por Gabriella Marinho
O Juntos é um coletivo de juventude fundado em 2011 dentro do Congresso da União Nacional dos Estudantes, a antiga e famosa UNE. A organização é de nível nacional, tendo sede em diversos estados e universidades públicas, como a UFRJ e a UFF. O objetivo é construir um movimento menos burocratizado, jovem e radical, alimentado pelos ideais estudantis das universidades públicas do país.
Diante do papel que o coletivo representa, o Juntos vem enfrentando a crise do governo Bolsonaro e seus ataques às universidades públicas, organizando manifestações, distribuindo informação nas ruas e nos meios digitais, e lutando para que a comunidade estudantil resista aos últimos acontecimentos.
A saga dos cortes de verbas para as universidades teve início no governo Temer, porém, esta foi fortemente agravada devido às novas políticas do atual presidente. Com a pandemia, tudo piorou ainda mais. Alunos que já passavam por várias necessidades e que dependem da universidade, se viram ainda mais perdidos com os cortes, além da falta de todo o acolhimento da faculdade, como o bandejão e a biblioteca, por exemplo.
Em defesa da asseguração das bolsas e auxílios, e ao combate contra os cortes, foram realizados diversos atos, ganhando destaque o 19 de junho e o 3 de julho, além do gigante 29 de maio, realizados na capital do estado. O Coletivo Juntos e outras entidades estudantis, juntamente com o Movimento Fora Bolsonaro, ganharam as ruas de todo país com mais de 460 mil manifestantes.
Fabi Amorim, estudante de Produção Cultural da UFF
na manifestação de 3 de julho.
Foto: instagram/juntos uff/
Além da luta pelas bolsas, auxílios, pesquisas e a existência da universidade em si, o coletivo luta pelos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA +, o que impulsiona a luta contra o governo Bolsonaro. Como conta a estudante de produção cultural e representante do Juntos UFF, Fabi Amorim, é importante que a universidade tenha uma organização de luta como forma de construir e impulsionar o debate coletivo sobre os problemas estudantis, conectando tudo o que ocorre dentro e fora da universidade. Desta maneira, a UFF consegue colaborar com a causa estudantil externa e internamente, assegurando os direitos de seus estudantes.
A futura produtora e atual diretora da UNE, afirma que a grande maioria nos protestos são os estudantes universitários, pois sofrem diretamente com as novas políticas de corte, negligência e negacionismo. A militante aponta também, que a pandemia interferiu bastante na mobilização dos estudantes, visto que se tornou impossível as reuniões presenciais, os avisos em sala e os comitês na própria UFF.
Contudo, o Coletivo Juntos vem atuando fortemente contra a corrupção do atual governo, combatendo e questionando os crimes que afetam não só a UFF e as demais universidades, mas também a sociedade brasileira como um todo. No dia nacional do estudante, 11 de agosto, o Juntos UFF se prepara e convida toda a classe estudantil para ir às ruas em um grande ato contra Bolsonaro, visando sempre o futuro da universidade pública e seus estudantes.
Para mais informações, acesse: https://www.instagram.com/juntosuff/ .
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