Nos últimos meses, estilo de vida, roupas, gírias e até mesmo tipos de emojis viraram memes nas redes sociais quando o assunto era geração Z e Y
Por Jenyffer Vidal
Geração y ou millennials são os nascidos entre os anos 1980 e 1994, aqueles que souberam o que era um orelhão e ouviam muito “É o Tchan". Já a geração Z, é a geração dos consumidores ávidos de tecnologia, os nascidos entre os anos 1995 e 2015. Estes têm ditado os rumos da moda e estilos de vida nos últimos anos, e não seria diferente no ambiente das universidades, onde há manifestações de diversos estilos.
A geração Z é a geração que está ingressando ou até mesmo saindo das faculdades, atualmente. Eles apresentam comportamentos um pouco diferentes das gerações anteriores: Não sabem o que é o mundo sem conexão com a internet nem sem as plataformas digitais, e dessa forma, são mais imediatistas, empreendedores e estão sempre em busca de novas experiências.
Apesar de toda polêmica e embate entre os hábitos e costumes dessas duas gerações, é comum ouvir discurso de pessoas que se encaixam ou gostam de coisas de outras gerações, como é o caso da Fernanda Rebello, estudante de Jornalismo da UFF, que diz se encaixar na geração Z, no entanto, gosta de coisas consideradas da geração anterior.
No que se refere à moda e os estereótipos nas universidades, a estudante diz que “A galera de humanas se vestir mais despojada enquanto a de exatas se veste mais social é muito relativo, [...] é possível encontrar de tudo na faculdade e isso serve para todas as áreas.”. Para ela não existe um estilo certo para ir à faculdade, “Eu tento ir o mais confortável possível e com o que me faz bem, desde calça mais tênis até shortinho mais chinelo.”.
Para Nay Rebello, criadora de conteúdo digital e autointitulada “super millennials” por gostar de café, cuidar de plantas e usar calça skinny, o conceito de moda mudou muito nos últimos anos. Ela declara que existem diferenças e semelhanças na moda entre as gerações, “a semelhança creio que seja o conforto, e a diferença é que a geração Z é mais ousada. A real é que essa geração está adaptando todas as modas passadas, porém eles são mais criativos na hora de montar looks.”.
E não é somente no mundo da moda que as mudanças puderam ser percebidas por influência da geração Z, a forma de pensar e os comportamentos também se transformaram.
A geração Z tem algumas preocupações que a maioria dos jovens das gerações anteriores não tinha, como por exemplo, uma percepção maior com o mundo e o meio ambiente, e, por conseguinte, hábitos de consumo mais conscientes, além de serem mais engajados em ações sociais. E, por ser uma geração completamente presente nas redes sociais, ela tem uma alta capacidade de influência.
Foi o que aconteceu com Juliana Rocha, uma capixaba que vive no Rio de Janeiro, pertencente à geração millennials, que há pouco tempo começou a consumir de forma mais consciente por se preocupar com o meio ambiente, por influência das redes sociais.
De acordo com Juliana, suas prioridades mudaram. Tornou-se empreendedora, vive em busca de novas experiências e defende ser de uma geração que não foi incentivada a empreender, “a faculdade era uma obrigação para minha geração, tinha que estudar e arrumar um emprego e me sustentar, sem pensar no que gosto, mas sim no que dá dinheiro.”.
Foto: Reprodução @tempãonoforno
Esse conflito entre as gerações sempre ocorreu, é justificado pelo fato de serem pessoas que nascem em épocas diferentes, e por isso inseridas em contextos históricos que apresentam características e necessidades distintas. Ao contrário do que se pode achar no senso comum, a geração Z não se basta em estar conectada tecnologicamente, essa geração tem certo senso crítico a fim de trazer uma mudança real, e a geração Y, que apesar de estar sofrendo bullying dos mais novos, se manifesta cada vez mais acessível e aberta às mudanças comportamentais.
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