Por Vítor Sousa
Foto: Lucas Figueiredo/CBF
No dia 13 de junho, na Arena Pantanal, em Cuiabá/MT, Colômbia e Equador disputaram uma partida pela fase de grupos da Copa América. Após a partida, dois testes de Covid-19, feitos em membros das delegações, apresentaram resultado positivo, um em cada delegação. Um estudo, feito pelo Instituto Adolfo Lutz, detectou que esses dois indivíduos possuíam a variante B.1.621, originária da Colômbia, que não havia sido registrada no Brasil, até então.
Foto: Jornal de Brasília
Para falar um pouco mais dessa nova variante, a médica infectologista Tânia Vergara concedeu uma entrevista ao Blog “Alô, Gragoatá!”. Quando perguntada sobre as diferenças que a B.1.621 possui em relação às outras que circulam no país e os riscos de contaminação e mortalidade que a cepa traz à população, ela disse: “A variante da Colômbia, B.1.621, está classificada como uma variante de interesse, ou seja, ainda não está definido o impacto sobre gravidade e transmissibilidade.”
Questionada sobre a possibilidade de um grande número de contaminados com esta variante e possíveis mutações da mesma, graças ao lento ritmo da vacinação atual, a médica respondeu: “Quanto menor a taxa de vacinação, maior o risco de novas infecções, por esta ou qualquer cepa circulante.”
Por fim, ela deixa suas considerações finais: “O curioso é que em um país com mais de 550.000 mortes, as pessoas têm dúvidas se devem usar máscara e não se aglomerar." Assim, fica registrado o apelo dela e deste Blog para que as pessoas levem a sério a pandemia e as recomendações médicas sobre os cuidados com a pandemia.
Foto: Getty Images/BBC News
A realização da Copa América gerou polêmicas e discussões pelo fato do país sede ser o Brasil, país com mais mortes relacionadas à Covid-19 na América do Sul. Essa polêmica aconteceu, pois Colômbia e Argentina, que deveriam ser as sedes, desistiram justamente por conta de uma crise política e pandêmica, respectivamente. A “briga” teve de chegar ao STF, que optou por aceitar que o torneio fosse disputado, seguindo protocolos da Conmebol. Não foi possível apurar o número exato de casos positivos de Covid-19 durante o evento, mas estima-se algo entre 150 e 200 contaminados, dentre eles membros de delegações, jogadores, terceirizados e integrantes da equipe da Conmebol.
Foto: Pedro Vilela/Getty Images
Após todos esses problemas, a questão futebolística acabou por não ter tanto destaque. Contudo, houve um espetáculo esportivo considerável nesta edição da Copa América, onde os que mais brilharam foram os craques das seleções finalistas, Messi pela Argentina e Neymar pelo Brasil. Na final, realizada com a presença de 4400 torcedores, houve muita disputa e entrega dos jogadores na vitória dos argentinos por 1 a 0 sobre os brasileiros com gol de Ángel Di Maria.
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