Depois de uma onda de frio em maio, a chegada do inverno pode trazer um frio mais intenso.
Por Rhyan de Meira
Foto 1: Horizonte com tempo nublado e temperatura baixa.
Reprodução: Giovanna Costa
“A instabilidade atmosférica provoca eventos extremos”. É o que afirma Bruno Araújo, ativista ambiental e especialista em mudanças climáticas, quando se refere aos últimos eventos meteorológicos que marcaram o ano, como os deslizamentos em Petrópolis e a onda de frio que chegou ao sudeste no final de maio. As mudanças climáticas – que atingiram a temperatura devido à poluição atmosférica – já começaram a ser sentidas, e após um verão e um outono complicado, é o início da estação mais fria do ano.
Essa instabilidade é causada pelo aumento de poluição que as atividades industriais foram gerando e liberando para o ambiente. O fato agravante deu-se com a demanda do uso de combustíveis os quais, por serem considerados os mais tóxicos, conseguem aprisionar mais ainda o calor nas camadas mais altas da atmosfera. Estas condições contribuíram para que o aumento de temperatura fosse mais perceptível nas diversas regiões do planeta.
Apesar desse efeito aquecer o planeta, não é só no calor que as mudanças climáticas são sentidas. “Uma maior proporção de gases estufa na atmosfera é capaz de alterar o curso normal das massas de ar polar e as correntes marítimas, o que contribuiria para invernos rigorosos”, é o que diz o professor de biologia pela UERJ, Mauricio Silva.
Foto 2: Rua alagada na cidade de Petrópolis (RJ)
Reprodução: Poder 360
Esses eventos já afetam em escala local como, por exemplo, a onda de frio que chegou ao sudeste em maio, chamada de zona de convergência do atlântico sul, foi potencializada pelas mudanças climáticas. O esperado é que mais tragédias ambientais aconteçam, como deslizamentos, calor, secas, chuvas e frios intensos.
De acordo com a Metsul Metereologia, o inverno desse ano começa com la ninã - resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico com a alteração do vento na região que impacta o padrão de circulação da atmosfera em escala global, inclusive no Brasil, causando intensificação de chuvas no país.
Foto 3: Tempestade sob uma cidade.
Reprodução: Isto É
“É necessário reduzir a quantidade de gás poluente lançado na atmosfera e a adaptar as cidades para as consequências das mudanças climáticas. A prefeitura precisa preparar a defesa civil e o corpo de bombeiros além de implementar uma política de moradia para retirar pessoas das áreas de risco, de enchentes e alagamentos.” explica Bruno Araújo.
Esses eventos são resultados do avanço do efeito estufa – prisão de gases tóxicos na atmosfera – causando um desequilíbrio ecológico, o que vai gerar invernos mais intensos no país. “É por isso que nós, ativistas ambientais, não falamos mais no termo aquecimento global e sim em mudanças climáticas.” Diz o ativista.
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