Espaço foi a sede do governo do estado por 71 anos
Por Iago Araújo
Realmente um palácio. Com um pé direito alto e imponente, todos que passam à sua frente se perguntam do que se trata e se podem entrar para olhar um pouco mais. O jardim lindo e bem cuidado. Um local adorável. A construção serviu como espaço para inúmeros momentos históricos do estado.
Foto 1: Fachada do museu
Arquivo Pessoal
O Museu do Ingá, também conhecido como Palácio Nilo Peçanha, foi construído em 1860 pelo médico e também político Dr. José Martins Rocha e, na época, serviu como sua moradia e espaço de reuniões políticas. Depois da morte de José, em 1896, a propriedade foi vendida a José Francisco Correia, industrial português conhecido como Visconde de Sande. Após a compra, a propriedade foi reformada, e se transformou em um imponente palacete com mobílias e artefatos decorativos de luxo.
Em 1903, quando o então proprietário voltou para Portugal, o palacete entrou para a história fluminense. Nilo Peçanha, o governador do estado eleito naquele ano, comprou a propriedade com planos de torná-la a nova sede do governo, uma vez que a capital do estado ainda era a cidade de Niterói. O palácio desempenhou esse papel até 1975, quando a capital passou a ser a cidade do Rio de Janeiro.
Fotos 2 a 5: Exterior do museu
Arquivo Pessoal
O Museu do Ingá nos dias de hoje
Atualmente, o espaço funciona como o Museu do Ingá, possui dez salas de exposições, duas reservas técnicas, um Laboratório de Restauração e Conservação, uma oficina de gravura e uma biblioteca que conta com aproximadamente 12 mil livros.
Após questionado, Andrew Romero, recepcionista do local, disse que o museu recebe uma média de 20 visitantes por dia apenas. O espaço não possui muita divulgação, por não fazer parte do trajeto cultural de museus do município, sendo administrado pelo estado. Isso acaba fazendo com que as pessoas da cidade sequer reconheçam sua existência e importância.
O Museu do Ingá funciona de quarta à domingo, de 12 às 17 horas, e atualmente conta com as exposições “Momentos: Maria Lúcia Maluf” com a curadoria de Danielle Mansur, e “Impressões: Travessias 20-22” com a curadoria de Patrícia Pedrosa, que ficam em cartaz até o dia 13/11/2022.
Comentários
Postar um comentário