Dragões da UFF

Em ano mágico, a detentora do tricampeonato de melhor bateria do Intereng e atual campeã dos jogos é a “Atlética da Semana”

Por Lucca Pinho 

Foto: @comitivaidragoesdauff (Instagram)

A Dragões da UFF, que engloba os cursos de Engenharia da Universidade Federal Fluminense, segue uma rotina de treinamentos com cargas horárias semanais elevadas, em busca do êxito não só dentro de quadra como também nas arquibancadas. Famosa há muito tempo por sua torcida altamente premiada, a associação alcançou no ano de 2019 um feito histórico: a primeira colocação geral nos Jogos Integrados de Engenharia. Para compreender melhor os esforços voltados para tal conquista, fomos atrás de membros envolvidos nos bastidores diários da organização. 

Maria Luiza Carneiro, cheerleader da Dragões, acredita que o sucesso esteja ligado a três pilares essenciais: uma gestão extremamente competente, provedora de recursos e investimentos constantes em infraestrutura; dedicação por parte dos competidores, que dispõem de treinadores renomados; e o mais importante, paixão. “O tanto que eu pude ver de pessoas que são loucas pela dragões […] a dragões da UFF é outro nível. [...] No Intereng, vimos alunos já formados que não conseguem deixar a atlética para trás”. 

A aluna também fez questão de ressaltar o alto nível de inclusão da associação, que não cobra nenhuma taxa dos atletas, de modo a permitir a participação de qualquer estudante que se interesse em acrescentar tecnicamente às equipes, excluindo barreiras censitárias. De acordo com o responsável pelas finanças da organização, Alan Araujo, é imprescindível que a filiação seja gratuita: “Desde a fundação, um dos nossos pilares é não cobrar nada de atletas em relação à estrutura dos treinos, material esportivo e treinadores. Temos essa filosofia pois acreditamos que a situação financeira de uma pessoa não deva ser um empecilho para a prática de esportes no ambiente universitário”. 

Segundo Maria Luiza, tudo é fruto de bastante organização e transparência: “É muito organizado, fiquei muito chocada quando parei pra ver como é bem estruturado. É muito bem dividido em cargos, fazem assembleias e entregam relatórios mensalmente sobre de onde vêm e pra onde vão os gastos”. Jorge Carlos, ex-diretor de torcida, comentou sobre a divisão de tarefas: “Durante a gestão de 2018/2019 mantivemos o foco no Intereng. Vínhamos com a mesma estruturação interna, com 2 pessoas na presidência (presidente e vice), 6 diretores (financeiro, administrativo, esportivo, de marketing, vendas e torcida), com seus respectivos gerentes e coordenadores. Contávamos também com a comitiva de torcida, que não faz parte da gestão da associação, mas contribui com esse departamento”. 

Em nota exclusiva emitida pela diretoria da atlética, é evidente o esforço contínuo em prover as melhores condições aos que competiram ainda no ano de 2018. “Fomos para a Supercopa confiantes, pensávamos no bem-estar dos atletas, preocupação com frutas, água, etc. A torcida contava com alguns instrumentos, como seis surdos, além do material que dava para enfeitar toda a extensão da arquibancada. Todos cantando até o ultimo segundo de competição, sabíamos que a melhor torcida fazia e faz a diferença […] Entramos em 2018.2 organizando eventos, interagindo com os seguidores e preparando as modalidades da melhor forma possível. Em termos de vendas, a preocupação em aumentar os números era grande, pois o financeiro trabalhava na risca, com caixa zerado muitas das vezes”. 

Acrescentou: “é um grande desafio manter treinos com uma estrutura adequada para ter equipes em alto rendimento sem cobrar nada por isso. Logo, a atlética realiza diversos projetos em prol da manutenção do nosso caixa. Dentre eles, podemos citar eventos como a Embrasa [choppada do curso], Embrasinha, calouradas e etc... Eventos que, além de terem o intuito financeiro, também cumprem o papel de integrar os alunos do curso. Outra importante fonte de renda é a nossa linha de produtos. Além disso, pagamos os treinamentos com o lucro obtido pela venda de pacotes para as competições que participarmos”, pontuou Alan. 

Portanto, com uma rotina de treinamentos bem estruturada, ex-treinadores de clubes e seleções profissionais, torcida dando show nas arquibancadas, conforto para os atletas, fisioterapeuta exclusivo para os competidores e um planejamento feito a longo prazo, tornou-se questão de tempo para que a Dragões da UFF levantasse o tão esperado 1º lugar nos Jogos Integrados de Engenharia. Fruto de muito esforço, dedicação e competência. Mas o ano ainda não acabou! Maria Luiza conta com a presença de todos os UFFianos no próximo evento a ser realizado pela atlética, o Campeonato Carioca de Cheerleaders, que ocorrerá no próximo dia 27 no estádio Caio Martins.

Comentários

  1. Admito, com toda a carga de preconceito subentendida: não esperava um texto tão fluido. Mexi em detalhes que são foram de desatenção, provavelmente.

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