Os cursos de Direito, Artes e Comunicação Social apresentam destaque no número de mulheres em suas atléticas
Por Maria Eduarda
Ser mulher não é fácil e fica mais desafiador ainda quando se decide entrar em um mundo historicamente dominado por homens. Devido a isso, a luta feminina para conquistar e consolidar seu espaço no meio esportivo é constante. Algo que está cada vez mais se tornando um grande incentivo para a entrada e participação das mulheres no universo do esporte são as atléticas universitárias. Principalmente, para as meninas, elas podem funcionar como primeiro contato com o universo esportivo.
Foto: Facebook / Atlética de Artes e Comunicação Social UFF - AACS
Em entrevista ao blog Alô Gragoatá!, Nathália Teixeira, aluna do 5° período de Publicidade e Propaganda da UFF e Diretora da Bateria da Atlética de Artes e Comunicação Social, destacou a importância da atlética quando ela chegou na universidade. “A atlética me acolheu muito bem desde meu primeiro segundo na UFF! Sempre tive vontade de tocar em bateria e quando soube que tinha na atlética fiquei muito empolgada e eles me abraçaram de uma forma muito bonita. Me sentia de casa desde meu primeiro dia.”. Muitas torcidas, baterias e equipes universitárias, que vêm ganhando espaço e troféus nos jogos, têm mulheres em frente como diretoras, coordenadoras, chefes e ritmistas. O sexo feminino chegou em algumas atléticas assumindo diversas funções e cargos. Tanto Ana, quanto Nathália destacaram a forte presença feminina na AAACG e na AACS. “A presidência da atlética é ocupada por uma mulher, as equipes femininas são as mais vitoriosas, temos muitas integrantes mulheres na torcida.”, afirmou Nathália sobre a Atlética de Artes e Comunicação Social.
O blog conversou também sobre o tema com Ana Carolina Dias, estudante do 3° período de Direito da UFF e integrante do eixo de Comunicação da Associação Atlética Acadêmica Camillo Guerreiro. Além de apontar o sentimento de acolhimento, Ana destacou a relevância da representatividade. “A participação da atlética foi bem presente e fundamental na semana de trote, eu fiquei bastante admirada. O que me impulsionou muito também foi a questão da representatividade, que por mais que a universidade seja um espaço muito plural, em alguns cursos nós ainda temos poucas mulheres negras.”.
Segundo Ana, atualmente as mulheres compõe 73,33% da atlética de Direito da UFF, atuando em todos os eixos e diretorias. “Somos todos muito empenhados na filosofia de sempre dar voz a todos os membros e ouvir a todos igualmente. Umas das diretrizes é justamente essa: não cabe nenhum tipo de comportamento discriminatório dentro da AAACG.”, contou Ana Carolina.
Foto: Facebook / Associação Atlética Acadêmica Camillo Guerreiro – Direito UFF
Diante disso, é importante afirmar que as mulheres, atualmente, ocupam um espaço significativo em relação a anos anteriores. “A cada dia mais o esporte universitário feminino cresce e ganha o destaque e importância que merece por ter uma qualidade e garra incríveis”, acrescentou Ana Carolina. O cenário atual demonstra que a luta pela igualdade e representatividade no universo do esporte não é em vão e precisa continuar.
Porém, infelizmente, a presença marcante de mulheres ainda não ocorre em todos as organizações da mesma maneira. Apesar de muitas atléticas hoje se empenharem em representar a pluralidade de pessoas dentro dos cursos, o machismo arraigado na sociedade ainda se reflete nas universidades e também no meio esportivo universitário. “Eu nunca tive o desprazer de presenciar alguma situação de machismo ou misoginia no ambiente das atléticas ou do esporte universitário ao vivo, mas já me relataram diversos casos.”, disse Ana.



Ótima pauta e texto...importante essa percepção no mundo universitário!! Achei bacana você ter corrido atrás de não apenas uma só fonte, embasando mais a matéria. Os períodos curtos facilitaram também a leitura. A única crítica fica mesmo no penúltimo parágrafo, onde você inicia com um conectivo de conclusão do texto, e o prolonga em outro parágrafo com um conectivo de adversidade!!
ResponderExcluirTexto muito bom, Maria! Também gostei muito do fato de ter mais de uma fonte na matéria, acho que enriquece muito e mostra as diferentes visões que existem dentro da faculdade. A única coisa que eu reparei foi no antepenúltimo parágrafo "Segundo Ana, atualmente as mulheres compõe". Acho que seria "compõem".
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