Mulheres marcam presença nas Atléticas da UFF

 

Os cursos de Direito, Artes e Comunicação Social apresentam destaque no número de mulheres em suas atléticas

Por Maria Eduarda

Foto: Instagram / @aacsuff
Ser mulher não é fácil e fica mais desafiador ainda quando se decide entrar em um mundo historicamente dominado por homens. Devido a isso, a luta feminina para conquistar e consolidar seu espaço no meio esportivo é constante. Algo que está cada vez mais se tornando um grande incentivo para a entrada e participação das mulheres no universo do esporte são as atléticas universitárias. Principalmente, para as meninas, elas podem funcionar como primeiro contato com o universo esportivo.

Essas associações, formadas pelos próprios estudantes das faculdades, estimulam o engajamento dos alunos, independente do gênero. Ter uma atlética inclusiva faz total diferença para os alunos, pois é nítido na sociedade que as pessoas buscam lugares e projetos onde se sintam bem-vindos e representados. Onde há um pensamento coletivo e inclusivo, os alunos dos cursos vão se sentir mais à vontade para participar de treinos, jogos, bateria, torcida ou até mesmo se candidatar para ser um membro.
Foto: Facebook / Atlética de Artes e Comunicação Social UFF - AACS
Em entrevista ao blog Alô Gragoatá!, Nathália Teixeira, aluna do 5° período de Publicidade e Propaganda da UFF e Diretora da Bateria da Atlética de Artes e Comunicação Social, destacou a importância da atlética quando ela chegou na universidade. “A atlética me acolheu muito bem desde meu primeiro segundo na UFF! Sempre tive vontade de tocar em bateria e quando soube que tinha na atlética fiquei muito empolgada e eles me abraçaram de uma forma muito bonita. Me sentia de casa desde meu primeiro dia.”.


Muitas torcidas, baterias e equipes universitárias, que vêm ganhando espaço e troféus nos jogos, têm mulheres em frente como diretoras, coordenadoras, chefes e ritmistas. O sexo feminino chegou em algumas atléticas assumindo diversas funções e cargos. Tanto Ana, quanto Nathália destacaram a forte presença feminina na AAACG e na AACS. “A presidência da atlética é ocupada por uma mulher, as equipes femininas são as mais vitoriosas, temos muitas integrantes mulheres na torcida.”, afirmou Nathália sobre a Atlética de Artes e Comunicação Social.
O blog conversou também sobre o tema com Ana Carolina Dias, estudante do 3° período de Direito da UFF e integrante do eixo de Comunicação da Associação Atlética Acadêmica Camillo Guerreiro. Além de apontar o sentimento de acolhimento, Ana destacou a relevância da representatividade. “A participação da atlética foi bem presente e fundamental na semana de trote, eu fiquei bastante admirada. O que me impulsionou muito também foi a questão da representatividade, que por mais que a universidade seja um espaço muito plural, em alguns cursos nós ainda temos poucas mulheres negras.”.
Segundo Ana, atualmente as mulheres compõe 73,33% da atlética de Direito da UFF, atuando em todos os eixos e diretorias. “Somos todos muito empenhados na filosofia de sempre dar voz a todos os membros e ouvir a todos igualmente. Umas das diretrizes é justamente essa: não cabe nenhum tipo de comportamento discriminatório dentro da AAACG.”, contou Ana Carolina.
Foto: Facebook / Associação Atlética Acadêmica Camillo Guerreiro – Direito UFF
Diante disso, é importante afirmar que as mulheres, atualmente, ocupam um espaço significativo em relação a anos anteriores. “A cada dia mais o esporte universitário feminino cresce e ganha o destaque e importância que merece por ter uma qualidade e garra incríveis”, acrescentou Ana Carolina. O cenário atual demonstra que a luta pela igualdade e representatividade no universo do esporte não é em vão e precisa continuar.

Porém, infelizmente, a presença marcante de mulheres ainda não ocorre em todos as organizações da mesma maneira. Apesar de muitas atléticas hoje se empenharem em representar a pluralidade de pessoas dentro dos cursos, o machismo arraigado na sociedade ainda se reflete nas universidades e também no meio esportivo universitário. “Eu nunca tive o desprazer de presenciar alguma situação de machismo ou misoginia no ambiente das atléticas ou do esporte universitário ao vivo, mas já me relataram diversos casos.”, disse Ana.

Comentários

  1. Ótima pauta e texto...importante essa percepção no mundo universitário!! Achei bacana você ter corrido atrás de não apenas uma só fonte, embasando mais a matéria. Os períodos curtos facilitaram também a leitura. A única crítica fica mesmo no penúltimo parágrafo, onde você inicia com um conectivo de conclusão do texto, e o prolonga em outro parágrafo com um conectivo de adversidade!!

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  2. Texto muito bom, Maria! Também gostei muito do fato de ter mais de uma fonte na matéria, acho que enriquece muito e mostra as diferentes visões que existem dentro da faculdade. A única coisa que eu reparei foi no antepenúltimo parágrafo "Segundo Ana, atualmente as mulheres compõe". Acho que seria "compõem".

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